No dia 27 de março, acontece a cerimônia do Oscar 2022, assim, à medida que a rodada do evento chega ao fim, outra começa, a do Oscar 2023. Com o sucesso das críticas tanto nacionais como internacionais sobre “The Batman”, novo filme do herói da DC dirigido por Matt Reeves e protagonizado por Robert Pattinson, fica a pergunta: seria ele já a primeira produção a receber indicação?
De acordo com a Variety, há dois pontos que devem ser considerados para o reconhecimento de “The Batman” no Oscar: a cinematografia e a trilha sonora original. O trabalho de câmera foi feito por Greig Fraser, que foi indicado pelos feitos em “Duna” e “Lion”, de Garth Davis (2016).
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Já na área da música, a trilha sonora do filme ficou por conta de Michael Giacchino, compositor também indicado ao Oscar por seu trabalho em “Ratatouille” (2007) e “Up” (2009), este último lhe rendendo a premiação. Apesar de suas grandes composições também em “Divertidamente” (2015), “Rogue One: Uma História Star Wars” (2016), “Viva – A Vida É uma Festa” (2017) e “Jojo Rabbit” (2019), a trilha sonora de “The Batman” pode ser a definição de sua carreira e adicionar mais uma estatueta dourada em sua estante.
Ainda de acordo com a análise da Variety, apesar da boa atuação de Pattinson, Zoë Kravitz e Paul Dano, eles não parecem ser alvo das indicações. O mesmo pode valer para o design de produção, roteiro adaptado e som e efeitos visuais. Contudo, provavelmente “The Batman” estará entre os top 10 de alguns críticos, recebendo, inclusive, premiações regionais.
Vale lembrar que os filmes do Batman têm um histórico de indicações. “Batman” (1989) de Tim Burton com Michael Keaton foi indicado e ganhou como Melhor Direção de Arte e Decoração de Cenário (agora chamado de design de produção). Já em “Batman: O Retorno” (1992), o longa foi nomeado no British Film Academy Awards nas categorias de Maquiagem e Cabelo e Melhores Efeitos Especiais, mas foi premiado apenas em Maquiagem pelo Saturn Awards e recebeu o Broadcast Music Incorporated pela composição de Danny Elfman.
“Batman Eternamente” (1995), já nas mãos de Joel Schumacher e com Val Kilmer como o personagem, conquistou três indicações para fotografia, som e edição de efeitos sonoros. “Batman e Robin” (1997), ainda sob comando de Schumacher, foi, no entanto, considerado um dos piores filmes do herói, que nesta versão teve George Clooney assumindo o manto do Homem-Morcego. Nele, o destaque ficou para os vilões Mr. Freeze, de Arnold Schwarzenegger, e Poison Ivy, de Uma Thurman.
Não podemos deixar de mencionar “O Cavaleiro das Trevas”, de 2008, uma virada na trajetória dos filmes do herói sob a direção de Christopher Nolan. Apesar da ótima versão de Christian Bale como Batman, foi Heath Ledger que garantiu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua versão do Coringa, uma das melhores na opinião dos críticos até hoje (interpretação de Joaquin Phoenix em “Coringa” (2019) disputa o páreo na opinião de alguns). O filme recebeu ao total oito indicações e foi a maior bilheteria de 2008, principalmente após a morte prematura de Ledger no mesmo ano. O ator faleceu devido a uma intoxicação acidental de remédios calmantes prescritos.
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