O Dia Internacional da Mulher é celebrado no dia 8 de março, a próxima terça-feira. Mas, não basta apenas usar a data comemorativa para promover a inclusão feminina nas empresas. Para Carine Roos, CEO e fundadora da Newa, é preciso pensar no bem-estar delas como parte da cultura organizacional das companhias.

“Os dados mostram que, apesar das manifestações em torno do Dia da Mulher, ainda há muitas barreiras para elas no mercado de trabalho, seja na ocupação de cargos de liderança ou na oferta de vagas para as mulheres mães, por exemplo”, disse Carina. A Newa é uma consultoria especializada em diversidade e bem-estar emocional para as organizações.

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Todos os anos é a mesma coisa. Campanhas e mensagens reforçando o papel em diferentes setores da sociedade na data comemorativa. Mas mudança que é bom mesmo, nada. Diariamente, milhares de mulheres encaram o preconceito de gênero dentro do mercado de trabalho.

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De acordo com a pesquisa Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres ocupam apenas 37,4% dos cargos de liderança nas organizações. Vale lembrar ainda que mulheres não brancas, travestis e transexuais são ainda menor valorizadas.

Além disso, elas ainda enfrentam adoecimento emocional. As trabalhadoras acabam desenvolvendo os problemas de saúde por causa das cargas excessivas ou pressão psicológico no ambiente corporativo. Mais da metade das brasileiras estão com a saúde mental afetada pelo trabalho, segundo estudo da edtech Todas Group.

As mulheres ainda são poucas em cargos de liderança. Imagem: Gorodenkoff – Shutterstock

Outro detalhe: 50% das mulheres brasileiras perdem o emprego após a gravidez, de acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Estamos sempre sendo colocadas à prova. Por isso, mais do que nunca, precisamos falar sobre a representatividade feminina dentro das organizações e sobre como tornar esses ambientes mais acolhedores e inclusivos”, emendou Carina.

Assim, a CEO da Newa reforça: promover ambientes genuinamente inclusivos precisa sair das campanhas comemorativas e virar prática diária. “Felizmente, algumas organizações já entenderam que é preciso criar espaços de acolhimento para as mulheres. Em muitos lugares, visando atingir a saúde e o bem-estar das mulheres mães, por exemplo, algumas empresas já começaram a oferecer benefícios estendidos, promoção de cargo ainda durante a gravidez ou até mesmo oportunidades de trabalho para mulheres ainda em período de gestação”, completou.

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