A HMD Global, empresa responsável pela Nokia, resolveu desistir do mercado de smartphones mais caros e potentes. A declaração vem de Adam Ferguson, responsável por marketing na companhia, que acredita não fazer sentido a marca finlandesa apostar em celulares com preço de US$ 800 para o público internacional.

A Nokia não é exatamente a mesma empresa famosa pelos aparelhos com sistema operacional Symbian, ou mesmo os mais belos Windows Phone do mercado. Seja pela adoção do Android como software responsável pelo produto, seja pela ausência de smartphones topo de linha desde 2019, quando a marca apresentou ao mundo o Nokia 9 PureView – com um conjunto com cinco câmeras prontas para atacar a tripofobia de muita gente.

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Nokia C 2a edição.
Nokia C 2a edição / Divulgação: HMD Global

Agora, depois de mostrar ao mundo apenas três celulares básicos durante a Mobile World Congress deste ano, a marca resolveu explicar o motivo de não crer mais no mercado de alto custo. Ferguson “não quer se envolver em uma guerra massiva sobre especificações com outras empresas”, preferindo “estar presente em algo bastante diferente”, disse o executivo.

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Nokia não está sozinha nessa decisão

A mudança de posicionamento não acontece apenas por um novo momento para a empresa, mas sim como resposta para o mercado. A Nokia não vem crescendo na venda de celulares desde o último trimestre de 2019, apenas oscilando em uma margem pequena e que ainda sente os efeitos da pandemia de COVID-19.

Para o futuro, a Nokia pretende continuar focando seus esforços em bons celulares de entrada e intermediários, com preço agressivo e garantias como bateria que dura bastante tempo na mão do usuário, antes de uma nova recarga. Um objetivo em mente para a marca, segundo Adam Ferguson, é de abocanhar a liderança no mercado de aparelhos em planos pré-pagos dos Estados Unidos.

A mudança de planos da Nokia não é a única nos últimos anos. A LG desistiu por completo deste mercado de celulares, a Sony parece estar focada em entregar produtos mais profissionais e que funcionam como acessórios para as câmeras da própria marca, enquanto outras como a HTC fazem exatamente a mesma coisa: lançamentos ocasionais, sem nenhum topo de linha faz tempo.

Eu fico é triste com a diminuição da concorrência, colocando poucos nomes no mercado de aparelhos topo de linha como Apple, Samsung, Motorola e Xiaomi.

Via: Android Authority.

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