No último dia 25, a sonda Solar Parker fez seu 11º voo mais próximo ao Sol, chegando a 8,5 milhões de quilômetros da superfície solar. O objetivo da missão é coletar dados para que os cientistas possam compreender mais sobre a composição e o comportamento da nossa estrela.

Na ocasião, mais de 40 observatórios em Terra e no espaço estavam com a mira apontada na mesma direção. Segundo um comunicado emitido pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins (JHUAPL), embora Parker não estivesse diretamente visível nos vários instrumentos, pois a nave espacial do tamanho de uma van era muito pequena para os telescópios captarem, o que a visão de longa distância forneceu é um contexto valioso para o que a espaçonave viu de perto.

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Mais de 40 equipamentos em Terra e no espaço registraram a máxima aproximação da sonda Parker com o Sol em 15 de fevereiro de 2022. Imagem: NASA/Johns Hopkins APL/Steve Gribben/SDO

Entre os equipamentos que fizeram os registros estão os telescópios da Nasa no Observatório de Relações Terrestres Solares (STEREO), o Observatório Espacial de Dinâmica Solar, a missão Termoesfera, Ionosfera, Mesosfera Energética e Dinâmica (TIMED) e o quarteto Magnetosférico Multiescala.

Segundo o site Space.com, outros instrumentos da agência espacial norte-americana também deram suas contribuições, como o EvolutioN Atmosférico e Volátil da Nasa (MAVEN), em Marte, além do Solar Orbiter e do BepiColombo, da Agência Espacial Europeia (ESA) e do observatório solar Hinode, liderado pelo Japão.

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Análise dos dados da sonda Solar Parker levará meses para ser concluída

De acordo com o JHUAPL, levará várias semanas para eles receberem dados preliminares, o que significa que a análise levará mais alguns meses ou mais. “A equipe terá um vislumbre de algumas leituras quando [Parker] enviar uma quantidade limitada de dados esta semana”, diz o comunicado do laboratório.

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Parker está tentando entender os mecanismos por trás do clima espacial, o comportamento do Sol na forma de eventos como erupções de partículas carregadas. Ocasionalmente, essas erupções podem comprometer a infraestrutura, como linhas de energia ou satélites, ou criar auroras na atmosfera da Terra.

Outra informação pela qual os cientistas também estão ansiosos é o ponto de vista da sonda quando registrou uma grande proeminência solar em 15 de fevereiro, que bateu com segurança na espaçonave, marcando o maior evento desse tipo que a missão experimentou desde que foi lançada há 3,5 anos.

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“O choque do evento atingiu a Sonda Solar Parker de frente, mas a espaçonave foi construída para suportar atividades como essa – para obter dados nas condições mais extremas”, disse o cientista do projeto Nour Raouafi na ocasião. “A equipe mal pode esperar para ver os dados que a sonda Solar Parker reúne à medida que se aproxima cada vez mais do Sol”.

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