O Instagram vai passar a ser bloqueado na Rússia a partir desta segunda-feira (14). A rede social é mais uma a ser removida do país pelo governo de Vladmir Putin após o começo da guerra na Ucrânia. O movimento é uma resposta a um vazamento de comunicados internos da Meta em que a empresa afirma que está deixando que mensagens com discursos de ódio contra militares russos sejam publicadas em contas de usuários de alguns países do leste Europeu.

Antes, o Facebook, que também pertence a empresa, além do Twitter, já haviam sido bloqueados por supostamente estarem compartilhando fake news sobre o conflito. O governo russo nega que haja uma guerra e diz que o movimento se trata de uma “operação militar especial”. Para evitar punições, o TikTok também limitou suas funções no país, impedindo que novos vídeos ou lives sejam publicados. Segundo a plataforma, eles não se responsabilizam pelo conteúdo postado por seus usuários.

Instagram na Rússia

Em defesa, Nick Clegg, presidente de Assuntos Globais da Meta disse no Twitter que: “Se aplicássemos nossas políticas de conteúdo padrão sem nenhum ajuste, agora estaríamos removendo conteúdo de ucranianos comuns expressando sua resistência e fúria contra as forças militares invasoras”. Clegg concluiu afirmando que discurso de ódio contra cidadãos russo comuns e a população russa em geral não são tolerados.

Apenas usuários da Europa Oriental e do Cáucaso podem utilizar as novas regras que precisam ser aplicadas dentro do contexto do conflito armado. A liberação permite, por exemplo, que usuários peçam a morte de soldados russos. Algumas postagens violentas contra o presidente da Rússia, Vladmir Putin, também estariam sendo autorizadas.

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“Se a Meta confirmar esse fato ou se recusar a comentar, isso será uma razão para Roscomnadzor e outros colegas tomarem as medidas mais duras”, disse o chefe do Comitê de Política de Informação do Estado, Alexander Khinshtein, à TASS na última sexta-feira. “Minha opinião é que o trabalho do Instagram na Rússia neste caso deveria ser bloqueado, como o que aconteceu com o Facebook”, completou.

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