Um novo surto de Covid-19 que atinge a China já está modificando a rotina nas empresas de Shenzhen, uma cidade com mais de 17,5 milhões de habitantes e considerada o Vale do Silício chinês. A Foxconn e outros fabricantes de componentes eletrônicos suspenderam as atividades por conta do lockdown anunciado pelo governo.
As grandes empresas foram obrigadas a suspender suas atividades momentaneamente ou adotar o regime de trabalho home office, em que os funcionários trabalham em casa. No entanto, é obrigatório fornecer alimentação e outras necessidades aos empregados.
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Suspensão deve afetar gigantes da tecnologia
Sendo a maior fabricante terceirizada de eletrônicos do mundo e a principal fornecedora da Apple e Samsung, a paralisação nas atividades da Foxconn deve atingir várias gigantes da tecnologia em um momento em que se esperava a normalização no envio de chips.
Além da base de Shenzhen, a Foxconn suspendeu as atividades nas fábricas de Longhua e Guanlan e a situação dependerá de novas determinações das autoridades de saúde.
Além da empresa, várias outras companhias que atuam na área de tecnologia também estão com as atividades suspensas, como Huawei, Tencent e Oppo.
Esforço concentrado
A abordagem rigorosa para conter o avanço da nova onda de Covid-19 conta ainda com outras inúmeras restrições. O transporte para outras províncias está suspenso e testes de PCR serão necessários para quem quiser sair ou entrar na cidade.
Desde domingo (13), 64 novos casos de coronavírus foram detectados em Xangai, o que acendeu o sinal vermelho no país, que totalizou cerca de 32 mil casos somente na região de Hong Kong.
Efeito dominó
Com a interrupção nas atividades das fábricas chinesas, um efeito dominó deverá atingir a produção de eletroeletrônicos em todo o mundo, assim como empresas que necessitam de chips e outros componentes, como a indústria automobilística.
Em dezembro de 2021, por exemplo, a Samsung teve um sério problema na linha de produção justamente em razão da suspensão das atividades na fábrica de chips flash NAND, localizada na cidade de Xi’an, responsável por 40% da produção mundial do componente.
A expectativa é que as restrições continuem até o dia 20 de março no país que foi o primeiro a registrar os casos de coronavírus no mundo, no final de 2019, em um surto que começou na cidade de Wuhan. Até o momento, a China contabiliza 4.636 mortes por Covid-19 e 116.902 infecções pelo vírus.
Via: The Verge
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