De acordo com o novo boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, todos os estados brasileiros estão marcados na cor verde, o que sinaliza que estão fora da zona de alerta com taxas de ocupação de leitos inferiores a 60%. Essa é a primeira vez que todo o país está nesse estágio desde julho de 2020

“O cenário atual é resultado do avanço na vacinação, com 82% da população com a primeira dose, 74% com o esquema de vacinação completo e 34% com a dose de reforço. Porém, este avanço precisa ser ampliado e acelerado para que se reflita em maior velocidade na queda das internações e óbitos”, informou o documento.

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Para o pesquisador da Fiocruz Christovam Barcellos, a tendência de desaceleração da pandemia começou a ser observada no fim de janeiro: “A gente vê esse alívio nos hospitais com a queda na ocupação de leitos. Então a gente pode dizer que a rede de saúde saiu de uma fase de colapso, mas ainda precisamos continuar com o monitoramento”.

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Além disso, o grande número de pessoas contaminadas durante a última onda da Covid-19 contribuiu para que o Brasil saísse de um pico de quase 200 mil casos de Covid-19 por dia, em janeiro, para uma média móvel de cerca de 34 mil diagnósticos diários, segundo Barcellos.

O boletim também aponta que o cenário reflete uma tendência de queda nos indicadores de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) e que para manter a desaceleração, os próximos passos são ampliar a vacinação com a dose de reforço e a cobertura do público infantil.

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“Apareceram variantes com algum escape imune, como a Ômicron, mas, a partir do momento em que a terceira dose ganhou força no país, começamos a ver essa redução dos casos graves e da ocupação de leitos. Então é essencial incentivar a vacinação para as pessoas com o esquema vacinal atrasado e intensificar a terceira dose, isso é o mais importante nesse momento”, disse a imunologista e doutora em Biociências e Fisiopatologia, Letícia Sarturi

Segundo ela, a situação epidemiológica leva a uma esperança, porém, defende que os próximos passos serão determinantes para saber de fato qual é o risco da possibilidade de aumento de casos de Covid-19. E por isso, o boletim reforça que é preciso uma busca ativa dos idosos que ainda não receberam o primeiro reforço e quarta dose para os públicos elegíveis.

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A Fiocruz considera que é “prudente” a manutenção do uso de máscaras em ambientes fechados e ambientes com grande circulação de pessoas. “Estas medidas, combinadas com a ampliação da vacinação, atingindo regiões com baixa cobertura, e doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis, podem reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre a mortalidade e internações”, concluiu o boletim.

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