O Hispano Suiza Maguari HS1 GTS é um novo supercarro de alto desempenho em desenvolvimento, e está causando uma disputa como raras vezes vista na indústria.

Hispano-Suiza (com hífen) já foi uma das mais prezadas marcas mundiais de carros, famosas por carrões de luxo. Acabou falindo em 1946, por conta da penúria do pós-guerra na Europa. O nome binacional é porque foi fundada, em 1898, por um engenheiro espanhol, Emilio de la Cuadra e um suíço, Marc Birkigt.

Mas agora a empresa literalmente está dividida entre Espanha e Suíça. A Hispano Suiza Automobilmanufaktur AG, com sede na Suíça, é uma das duas empresas que tentam reviver a marca automotiva espanhola. Seu proprietário é o designer suíço Erwin Leo Himmel, que registrou a marca em 2010, um ano depois que ela expirou na Espanha. .

A outra empresa Hispano Suiza (também sem hífen) nasceu em 2019, por Miguel Suqué Mateu, bisneto de Damián Mateu, um dos sócios da montadora no começo. Com o nome Hispano Suiza Cars, sua mais forte expressão para levar a marca adiante é a primeira entrega de seu hipercarro elétrico Carmen Boulogne no começo deste mês.

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Enfim, com o Maguari em ação, são duas marcas lançando carros competidores.

Produção do Maguari ainda este ano

Parte de cima do Maguari
Divulgação/Hispano Suiza

O Maguari HS1 GTS foi apresentado pela primeira vez em forma de conceito em 2019. A empresa inicialmente planejava revelar a versão final de produção em junho de 2020, no Petersen Museum em Los Angeles, mas a apresentação foi cancelada devido à pandemia.

Agora, temos que a produção do veículo começará em abril deste ano, na Alemanha, com os primeiros exemplos sendo apresentados no quarto trimestre de 2022 em Los Angeles e outros eventos públicos e privados nos EUA, na Europa e nos Emirados Árabes Unidos.

Maguari de lado
Divulgação/Hispano Suiza

O supercarro mede 5.100 mm de comprimento, 2.100 mm de largura, com 1.250 mm de altura e peso de 1.890 kg. Seu chassi traz uma estrutura espacial de alumínio com fibra de carbono (a carroceria também é de alumínio). Há enormes rodas de liga leve forjadas com trava central em diâmetro de 22 polegadas na dianteira e rodas de 23 polegadas na traseira. Junto delas, freios carbono-cerâmicos de 440 mm com pinças de seis pistões.

Mais de 1.000 cv

Não é, porém, um elétrico. O Maguari usa um motor V10 biturbo de 5,5 litros montado no meio produz cerca de 1.132 cv (883 kW) e 1.100 Nm de torque. Essa potência ainda é transmitida para as rodas traseiras por meio de uma caixa automática de dupla embreagem e sete marchas.

Imagem do Maguari com uma das portas aberta
Divulgação/Hispano Suiza

A Hispano Suiza (suíça) estima que o Maguari vai acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 2,8 segundos, tendo uma velocidade máxima limitada eletronicamente a 360 km/h. A capacidade real deverá ultrapassar a marca de 400 km/h.

Um número limitado de 300 unidades será produzido, por um período de seis anos em uma produção anual de 50 veículos, com vendas destinadas aos EUA, Europa, Oriente Médio e Ásia. As primeiras entregas aos clientes estão previstas para o primeiro trimestre de 2023.

Quanto ao nome, não tem a ver com suco: tanto em português quanto em espanhol, é um tipo de cegonha (Ciconia maguari), nativa da América do Sul inteira. A marca de suco, criada em 1953 na Paraíba, homenageia a mesma ave que o hipercarro.

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