Pelo menos 17 erupções solares explodiram em um único ponto no Sol nos últimos dois dias, expelindo partículas carregadas que podem criar um show colorido de auroras no céu da Terra. Esse ponto é uma mancha solar hiperativa chamada AR2975, que está disparando erupções desde segunda-feira (28). 

Uma das 17 erupções da mancha solar AR 2975 brilha nesta imagem feita pelo Observatório de Dinâmica Solar da Nasa, entre a segunda-feira (28) e a terça-feira (29). Imagem: Nasa

Esses fenômenos ocorrem quando as linhas magnéticas se contorcem e se realinham repentinamente perto da superfície visível. Às vezes, as erupções estão associadas a ejeções de massa coronal (CMEs), que são fluxos de partículas carregadas disparadas para o espaço. 

“As erupções lançaram pelo menos duas, possivelmente três, CMEs em direção à Terra”, diz um relatório publicado no SpaceWeather.com sobre o evento, que afirma que a Nasa e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) sugerem que o primeiro CME chegará na quinta-feira (31), e um outro é esperado para a sexta-feira (1º).

Segundo uma modelagem computacional, as partículas ejetadas durante as explosões desta semana podem gerar tempestades geomagnéticas G2 ou G3. Esses tipos são considerados moderados, no entanto, as agências espaciais permanecem atentas no monitoramento do clima solar. Uma forte erupção direcionada para a Terra, juntamente com uma grande CME, pode provocar problemas, como danificar linhas de energia e até desativar satélites.

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Ejeções de massa coronal capturadas pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), nos dias 28 e 29 de março de 2022. Imagem: SOHO/ESA & NASA

Presume-se que o ano de 2022 será relativamente calmo para o Sol em geral, pois ainda estamos no início do ciclo solar de 11 anos de atividade que começou em dezembro de 2019, e os inícios de ciclo geralmente têm menos manchas solares e menos erupções. De acordo com o site Space.com, a atividade deve aumentar à medida que se aproxima do pico, previsto para meados de 2025. 

Ainda está em discussão entre os cientistas o quão forte será o ciclo solar atual, mas as previsões até agora indicam que o número médio de manchas solares pode ser menor do que o normal.

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