A mamografia 3D é considerada uma revolução nos exames de câncer de mama, no entanto, uma pesquisa mostra que a tecnologia continua fornecendo resultados falso-positivos, fazendo com que as mulheres tenham que fazer novos exames para descartar a possibilidade da doença.
A mamografia 3D se trata de diversas radiografias de baixa dose da mama enquanto a máquina se move em um pequeno arco, criando várias fatias de imagem permitindo a análise mais clara do tecido mamário.
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Enquanto a mamografia tradicional, ou mamografia 2D, consiste em raios-X de apenas dois ângulos diferentes, de cima para baixo e de lado a lado.
A pesquisa calculou a probabilidade de pelo menos um resultado falso-positivo após 10 anos de triagem anual. No caso da mamografia 3D, cerca de 50% das mulheres experimentam este resultado, enquanto na 2D o percentual sobe para 56%.
“É decepcionante. Eu realmente esperava que isso reduzisse bastante a porcentagem de mulheres com falsos positivos porque é muito estressante para as mulheres”, relatou a autora sênior da pesquisa, Diana Miglioretti.
Pesquisas anteriores mostram que os resultados falso-positivos em caso de mamografia é muito comum, infelizmente. Aproximadamente 12% das mulheres que realizam o exame precisam ser chamadas para um retorno e, dessas voltas ao médico, apenas 4,4%, ou 0,53% de todas as mamografias de rastreamento, apresentam diagnóstico positivo para o câncer.
A situação pode gerar estresse e ansiedade em muitas mulheres, se fazendo necessário até mesmo realizar uma biópsia em alguns casos. “Ainda não temos um teste perfeito, infelizmente”, lamentou Miglioretti.
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