A Prodrive, empresa britânica de engenharia automotiva, vai exibir a primeira versão de estrada de seu mais recente carro do Rally Dakar com apoio do Bahrein, o BRX Hunter T1+, no Salon Privé de Londres, no dia 21 de abril.

Há algumas semanas, o primeiro desses veículos foi construído para o príncipe Salman bin Hamad Al Khalifa e lidera um lote de 25 unidades que serão produzidas na sede da Prodrive, na cidade inglesa de Banbury, nos próximos dois anos.

Cada BRX Hunter T1+ de estrada está sendo colocado a um preço de £ 1,25 milhão, antes dos impostos locais. Estamos falando de algo acima dos R$ 7,67 milhões em valores convertidos de forma direta, para o comprador ter em mãos um modelo mais poderoso que o carro de competição.

Esteticamente bem parecidos

Hunter, da Prodrive, um supercarro com poder off-road para uso diário
Imagem: Divulgação/Prodrive

Há uma estreita relação estética entre os modelos de estrada e de rally do Hunter. Ambos usam uma carroceria projetada pelo ex-chefe de design da Jaguar, Ian Callum, feita de compósito de carbono leve com inclusão de materiais reciclados. Então, os carros compartilham os 4.600 mm de comprimento e 2.300 mm de largura, com um formato fastback aerodinamicamente orientado e uma asa alta acima da janela traseira para gerar downforce.

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O carro de estrada usa o mesmo chassi tubular de aço dos três carros de equipe que competem no evento Dakar deste ano. Entretanto, os 1.850 mm de altura deixam o carro de estrada pelo menos 100 mm mais baixo que seu irmão de rally. O engenheiro Mark Paterson, responsável pelo programa de carros de estrada da Prodrive, disse que há entre os veículos muitos detalhes diferentes.

BRX Huntar T1+ de competição
BRX Hunter T1+ de competição – Imagem: Divulgação/Prodrive

Por exemplo, em questões como um melhor isolamento acústico no interior do Hunter T1+ de estrada e em seus assentos, que trazem um design um pouco mais confortável do que a proposta de competição. Há também um novo painel configurado para que o carro possa ser conduzido por pessoas de diferentes habilidades.

Enquanto isso, o enorme tanque de combustível traseiro de 480 litros pode ser reduzido para dar espaço extra no porta-malas. Quem consome esse combustível no Hunter de estrada é o motor Ford V6 biturbo de 3,5 litros com cárter seco, usado nos carros de competição, modificado na Prodrive com sistemas de controle sob medida.

200 cv a mais de potência

Visual de trás do Hunter
Imagem: Divulgação/Prodrive

A potência do carro de estrada é cotada em mais de 600 cv – cerca de 200 cv a mais do que os regulamentos da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) permitem para os carros de rally puros – e torque de 700 Nm. A caixa de câmbio é um paddle shifter de seis velocidades e o carro tem tração nas quatro rodas.

Segundo a Prodrive, é possível realizar uma mudança de marcha suave em apenas milissegundos. Já o sprint de 0 a 100 km/h do BRX Hunter T1+ de estrada é estimado em menos de quatro segundos e sua velocidade máxima está registrada em quase 300 km/h – lembrando que o veículo está equipado com pneus off-road de 35 polegadas, projetados para otimizar a aderência em terrenos acidentados e areia mais do que no asfalto.

Mais potente porque pode

David Richards, presidente da Prodrive, disse que a empresa já tem “três ou quatro” compradores interessados ​​no modelo de estrada e espera que mais pessoas entrem em contato quando o carro for lançado. Ele justifica que a produção de um modelo nesse segmento leva em conta que muitas pessoas em áreas remotas, especialmente no Oriente Médio, dirigem bastante no deserto por diversão. “Há uma grande cultura off-road”, disse Richards, lembrando inclusive do príncipe do Bahrein.

Parte da frente do veículo off-road
Imagem: Divulgação/Prodrive

Já com relação à cor de areia para o primeiro carro, o executivo explicou que foi uma escolha de Al Khalifa. O príncipe “acha que o carro deve se adequar ao seu ambiente e, agora que todos vimos, aprovamos”.

Sobre o carro de estrada ser mais poderoso que o modelo de competição, Richards disse que os regulamentos do Dakar impõem limites ao turbo, e o carro de estrada não precisa disso. “Como construímos nossos motores do zero em Banbury, sabemos como o V6 é durável, então acabamos de dar um pouco mais de liberdade”.

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Via Autocar