Na quarta-feira (20), a agência de aviação civil da China divulgou o relatório preliminar da investigação sobre a queda do avião do modelo Boieng 737-800 da China Eastern Airlines, o qual despencou do céu na vertical no sul da China em março.

O documento não concluiu qual foi a causa para a queda da aeronave, que em pouco mais de três minutos, despencou quase 8 mil metros e caiu totalmente na vertical em uma área montanhosa, deixando uma cratera de três metros de profundidade.

No relatório, os investigadores apontaram que as caixas pretas ainda estão muito danificadas e que foi enviado a Washington, nos Estados Unidos, para uma análise mais detalhada. Neste momento, alguns pontos podem ajudar explicar o acidente aéreo:

  • Os pilotos não responderam à torre de comando de voo logo após a primeira queda de altitude;
  • A equipe de voo era qualificada;
  • O avião estava com a manutenção em dia;
  • As condições climáticas eram boas;
  • Não havia nenhum objeto dentro do avião que pudesse oferecer perigo.

Além disso, o relatório confirmou o que os controladores afirmaram quando a aeronave caiu. O chefe do centro de investigação de acidentes da CAAC, Mao Yanfeng, havia dito em entrevista coletiva que os controladores mantiveram contato com o avião durante todo o percurso normal da aeronave.

publicidade

Leia também:

Por outro lado, foi identificado que a comunicação com o Boeing 737-800 não aconteceu mais no momento em que foi registrada a primeira perda repentina de altitude. O documento enfatizou a versão que essa perda de comunicação aconteceu porque os pilotos deixaram de responder à torre de controle. Uma das caixas pretas – que registra o dialogo entre as duas partes – pode explicar o motivo, mas o relatório não deixou claro se esse áudio já foi extraído da caixa preta.

As conclusões parciais eliminam hipóteses sobre a qualidade e experiência da equipe a bordo e também descarta possibilidades de falhas técnicas do avião, com manutenção em dia. Ademais, as condições climáticas não foram um problema para o voo, e para o relatório, isso afasta a possibilidade de que tentaram uma manobra de descida de altitude a uma velocidade muito alta.

O pára-brisa do avião ficou coberto de sangue e penas emaranhadas depois que o Boeing 737-800 da Ryanair, em um voo de Londres Stansted para Bolonha, Itália, colidiu com um bando de garças ao pousar em 24 de novembro. Imagem: TACGAirSafety / CEN

O documento não descreveu sobre movimentações de passageiros, apenas disse que não havia qualquer objeto dentro do avião que poderia oferecer perigo. Sem prazo para a conclusão das investigações, os especialistas estimam que respostas concretas só existirão após um ano da queda do avião 737-800.

“Vai demorar pelo menos um ano para que a investigação seja concluída”, disse à agência de notícias Reuters o especialista em aviação chinesa Li Xiaojin. Até agora, as conclusões iniciais indicam que não houve problemas com os procedimentos de voo, complementou.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!