Após meses de silêncio, o CEO da Tesla e da Boring Company, Elon Musk, voltou a falar sobre a possibilidade de construir um Hyperloop em sua conta no Twitter. O empresário sul-africano propôs o transporte em 2012, mas nunca conseguiu concretizar o projeto. Agora, afirma que a Boring, sua empresa de engenharia geotécnica, tentará construir um sistema de transporte público de alta velocidade “nos próximos anos”.

“A Boring tentará construir um Hyperloop que funcione nos próximos anos”, disse Musk, em resposta a um tuíte da jornalista americana Johnna Crider. “Do ponto de vista da física, esta é a forma mais rápida possível de ir de um centro de cidade a outro para distâncias inferiores a 3.220 km.”

Elon Musk também parece ser a favor da ideia de construir túneis subterrâneos para os “pods”, já que eles “seriam imunes às condições climáticas da superfície (os metrôs são um bom exemplo), então não importaria para o Hyperloop se um furacão estiver violento na superfície.”

Embora não haja uma data exata em relação ao projeto massivo e complexo, a Boring Company anunciou, no dia seguinte ao tuíte de Musk, que os testes em grande escala devem acontecer ainda no fim deste ano.

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Hyperloop da Boring Company, empresa de Elon Musk
The Boring Company/Divulgação

Tecnologia para hyperloop se tornou difícil de concretizar

Depois que Musk publicou o artigo sobre o Hyperloop no início dos anos 2010, startups como a Hyperloop One e a Hyperloop Transportation Technologies assumiram a tarefa de tornar realidade esse sistema de transporte futurista. O objetivo final é ter cápsulas autônomas que possam cobrir grandes distâncias em um tempo curto e viajar a velocidades de mais de 966 km/h através de tubos fechados e parcialmente evacuados.

No momento, porém, concretizar a tecnologia provou ser uma tarefa difícil. Com sede em Los Angeles, na Califórnia (EUA), a Virgin Hyperloop chegou a progredir com o conceito, concluindo com sucesso o primeiro teste de passageiros com o XP-2 no fim de 2020. Mas esta era a versão reduzida da cabine que conseguiu viajar 161 km/h em um túnel sem ar.

No fim deste ano, o projeto também teve um duro golpe quando a companhia anunciou que vai redirecionar seus esforços para transporte de cargas em vez de passageiros e demitiu mais da metade de seus funcionários.

Crédito da imagem principal: The Boring Company/Divulgação

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