As primeiras unidades da caminhonete elétrica Ford F-150 Lightning estão saindo das linhas de montagem e chegando aos seus proprietários. Ao todo, são 200 mil desses veículos pré-encomendados, uma demanda que exigiu um forte investimento na expansão da fábrica da montadora.

Não só isso, a Ford precisou adicionar 750 novos trabalhadores para a F-150 Lightning, dobrando a produção. Ainda assim, alguns clientes de pré-venda precisarão esperar até 2023 para poderem colocar as mãos em suas caminhonetes. Para termos uma ideia da espera, o veículo foi apresentado oficialmente ao público em maio do ano passado.

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Falta de baterias para a F-150 Lightning

As complicações para atender a todos os compradores da picape elétrica incluem a falta de baterias para o volume de 150 mil unidades por ano. Entretanto, Jim Farley, CEO da Ford, está confiante de que essa situação vai melhorar, tendo como base um possível crescimento da fábrica de baterias que a montadora opera em parceria com a SK Battery.

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Já com relação a outros itens da caminhonete, temos que o veículo é fortemente baseado na F-150 existente. “Os assentos e o painel de instrumentos são algo que estamos produzindo há dois anos”, lembra Farley. Além disso, como a Ford fabrica cerca de 1 milhão de modelos da série F, seu suprimento em chips é bastante elevado, mesmo em tempos de escassez. Farley teve como prioridade garantir que a Lightning obtenha os chips necessários. “Não vejo os chips como uma restrição para a Lightning”, disse o CEO.

Novos clientes para a Ford estão nos planos

Segundo o executivo, a Ford terá que manter o foco em pré-encomendas por seis meses a um ano, para então comercializar agressivamente a caminhonete para pessoas que compram esse tipo de veículo de outras marcas. Nesse meio tempo, a montadora terá que resolver alguns assuntos relacionados a créditos fiscais – e Farley tem falado com legisladores dos Estados Unidos sobre a transição do país para a eletrificação de veículos.

“A China tem feito isso. A Europa fez isso. Não é nem coisa da Ford. Se queremos ser competitivos como país, se queremos atrair investimentos em EVs de empresas estrangeiras aqui nos EUA, se queremos localizar a cadeia de fornecimento de matéria-prima, temos que ter incentivos ao consumidor”, afirma.

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Via The Verge