Um fazendeiro palestino encontrou uma escultura de pedra de 4,5 mil anos enquanto trabalhava em sua terra em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. Segundo a organização islamita governante Hamas divulgou na segunda-feira (25), a peça, uma cabeça de calcário de 22 cm de altura, representa Anat, uma deusa cananita.

“Anat era a divindade do amor, da beleza e da guerra na mitologia cananita”, disse Jamal Abu Rida, diretor do Ministério do Turismo e Antiguidades do Hamas, em um comunicado.

A Faixa de Gaza, um estreito enclave no Mar Mediterrâneo, tem um vasto conjunto de sítios arqueológicos, pois era uma importante rota terrestre que ligava civilizações antigas no Egito, o Levante e a Mesopotâmia.

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No entanto, de acordo com a agência de notícias AFP, antiguidades descobertas frequentemente desaparecem e projetos de desenvolvimento são priorizados sobre a preservação de sítios arqueológicos, o que acabou por restringir a visitação turística local em 2007. 

Esse bloqueio ocorreu depois que o Hamas tomou o poder. Israel e Egito, países fronteiriços da Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, limitam fortemente as entradas e saídas do território palestino.

Uma década depois, o Hamas destruiu grande parte de um raro assentamento cananita para abrir caminho para um desenvolvimento habitacional para seus funcionários.

Até hoje, uma estátua em tamanho real do deus grego Apolo, descoberta em 2013 e que depois desapareceu, ainda não foi encontrada. Seu valor é estimado em mais de 250 milhões de euros (algo em torno de R$1,32 bilhões).

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