Um asteroide “potencialmente perigoso” chamado “418135 (2008 AG33)” passará bem próximo à Terra na próxima quinta-feira (28), segundo cientistas da NASA. Felizmente, a rocha de quase 800 metros (m) de diâmetro não nos oferece qualquer risco e, em seu ponto mais próximo, estará a uma distância de 3,2 milhões de quilômetros (km) de nossa posição.

Estimativas divulgadas pela agência espacial americana indicam que o asteroide em questão tem “entre” 350m e 780m, passando por nós a uma velocidade de 37,4 mil quilômetros por hora (km/h) – mais de 30 vezes a velocidade do som. Apesar da distância da passagem corresponder a mais de oito vezes o caminho entre a Terra e a Lua, falando em termos astronômicos, 3,2 km é quase uma “ombrada”.

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Um asteroide de quase 800 metros de diâmetro está perto de passar ao nosso lado
Um asteroide de quase 800 metros de diâmetro está perto de passar ao nosso lado (Imagem: Stephane Masclaux/Shutterstock)

Originalmente, o 418135 (2008 AG33) foi descoberto em janeiro de 2008, observado por pesquisadores do Observatório do Monte Lemmon, no Arizona, EUA. Pelas estimativas de trajetória, o asteroide de quase 800 metros de diâmetro passa por nós uma vez a cada sete anos, com sua última visita obedecendo essa linha do tempo: nosso último encontro com ele foi em março de 2015, e o próximo está previsto para maio de 2029.

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Ele, porém, não será a maior pedra espacial a passar perto daqui nas próximas semanas: em 9 de maio, o asteroide 467460 (2006 JF42) – com seus 860 metros de diâmetro – também nos fará uma visita, e não apenas ele é maior, como será também mais rápido, a uma velocidade estimada em pouco mais de 40 mil km/h.

Apesar do tom alarmista, é importante ressaltar que objetos do tipo passam pela nossa região o tempo todo. Embora encontros muito próximos sejam mais raros, a NASA e outras agências espaciais do mundo têm mapeados todos os objetos em nossas imediações com distância de 193 milhões de km – qualquer coisa nesta trajetória ou menor, é classificada pelas agências como “Objeto Próximo à Terra”. Destes, aqueles que desenvolvem velocidades altas a uma distância de 7,5 milhões de km são marcados como “potencialmente perigosos”.

Na ínfima eventualidade de um asteroide de quase 800 metros de diâmetro (e também maiores ou menores) se colocar em rota de colisão com a Terra, diversas agências e pesquisadores estão desenvolvendo métodos de defesa planetária. Uma das propostas mais interessantes fala na instalação de “varas” metálicas capazes de fatiar objetos e reduzir seus danos em um possível choque.

A própria NASA, em novembro de 2021, lançou a missão DART (Double Asteroid Redirection Test) que jogará uma espaçonave contra um asteroide binário a fim de avaliar se o impacto é capaz de desviá-lo de sua rota. A China também tem algo parecido, planejando jogar 23 foguetes Long March 5 contra o asteroide Bennu, na expectativa de desviá-lo de sua trajetória atual.

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