A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu um comunicado no último final de semana alertando que o consumo de energético não é aconselhado para adolescentes e crianças devido a composição das bebidas que conta com estimulantes, como creatina, taurina, carnitina, ginseng e glucpronolactona.
A SBP alerta que o consumo de energético chega a 31% dos adolescentes entre 12 e 17 anos nos Estados Unidos. Além disso, percebeu-se que o público mais jovem passou a aumentar também a mistura da bebida com cafeína com a bebida alcoólica, o que torna o efeito do álcool ainda maior.
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Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (ABIR) apontam que o consumo de energéticos no Brasil mais que dobrou de 2010 para 2020. Durante este período, a produção da bebida passou de 63 milhões de litros para 151 milhões, enquanto o consumo por habitante subiu de 300 ml por ano, para 700 ml por ano.
No caso dos adultos, o consumo exacerbado dos energéticos podem causar dependência física, ansiedade, alteração de atenção e humor, dor abdominal, aumento da diurese e temperatura corporal, taquicardia e até mesmo o aumento da pressão arterial.
Especialistas alertam ainda para o ciclo vicioso causado pela bebida. Por exemplo, a pessoa está cansada e faz uso da bebida energética e consegue passar mais tempo acordado, o que reflete no cansaço do dia seguinte, fazendo necessário tomar o energético novamente.
Atualmente, a Câmara dos Deputados analisa um Projeto de Lei (PL) 455/15 que visa proibir a venda e oferta, mesmo que gratuitamente, de energéticos para menores de 18 anos. O PL está aguardando o parecer do relator da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).
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