Assim como a morte é uma realidade para todos nós, o sono também faz parte do cotidiano dos mamíferos. Uns dormem mais, outros menos, mas ninguém consegue sobreviver sem um descanso diário. Afinal, é nessa hora que o organismo recupera as energias, mantendo o cérebro sempre ativo. Mas será que todos os animais dormem? Para o pesquisador do Imperial College London, Franks, “tudo depende do que você entende por sono”. 

Conforme comprovado por inúmeros eletroencefalogramas (EEG), todos os mamíferos dormem, mas ainda há uma incógnita em relação a animais em que essa medição é impossível, como no caso das moscas. Além disso, segundo o pesquisador, ainda faltam informações para provar para que serve realmente o sono, principalmente em espécies diferentes da nossa.

“Sabemos que o sono em humanos é essencial, que deve manter o cérebro saudável e que não pode ser feito enquanto estamos conscientes. Mas isso pode não ser o mesmo para uma mosca, cujo cérebro é uma estrutura mais passiva”, explica Franks: “O benefício que uma mosca obtém do sono pode ser muito diferente dos benefícios que recebemos”.

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Ritmos circadianos

Apesar de todos os animais seguirem ritmos circadianos por meio da regulação do organismo entre dia e noite, o pesquisador quer saber se todos realmente dormem como os humanos.

Assim como a consciência, pode ser difícil saber se todos os animais dormem – e se eles executam tal tarefa da mesma forma que nós.

gato dormindo
Apesar de todos os mamíferos dormirem, pesquisadores querem entender se as demais espécies também precisam repousar em determinado momento do dia. Imagem: Shutterstock

Na pesquisa, Franks e sua equipe investigaram os mecanismos reguladores subjacentes do sono. Para isso, examinaram a atividade cerebral de camundongos para tentar descobrir mais sobre os fenômenos no nível dos circuitos cerebrais. 

Segundo o cientista, o estudo contribuiu para expandir o conhecimento sobre quais regiões do cérebro estão envolvidas na regulação do sono. 

“Os neurônios relacionados ao sono não são encontrados apenas em áreas comumente associadas, como o hipotálamo ou o tronco cerebral, mas estão espalhados por todo o cérebro”, informaram os pesquisadores. 

Ao compreender esses circuitos, os cientistas esperam entender melhor as relações entre o mau funcionamento do sono e condições como a demência.

Contando carneirinhos 

Para os humanos terem uma noite de sono com mais qualidade, Franks sugere banho quente antes de dormir e baixa exposição à luz, lembrando sempre de receber luz suficiente ao longo do dia, com o objetivo de reforçar os ritmos circadianos. 

Agora, para ter certeza se todos os animais dormem, será uma tarefa de longas horas de mais estudos e com menos sono para os pesquisadores finalmente chegarem a uma conclusão plausível. 

Via: PHYS

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