Neste sábado (28), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) confirmou que o país já registrou 12 casos de varíola dos macacos, em oito diferentes estados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a expectativa é de que surjam mais diagnósticos da doença conforme a vigilância e os testes aumentem.  

Em apenas 10 dias, EUA confirmam 12 casos de pessoas diagnosticadas com a varíola dos macacos. Imagem: Irina Starikova3432 – Shutterstock

Um homem adulto, morador do estado de Massachusetts e que havia visitado o Canadá, foi o primeiro resultado positivo no país. O diagnóstico foi revelado há dez dias, ao longo dos quais houve a detecção da doença viral em dois pacientes da Flórida, dois do Colorado, outros dois da Califórnia e mais dois de Utah, além de Washington, Nova York e Virgínia, com um caso em cada.

Agora, o CDC está trabalhando em parceria com autoridades de saúde estaduais e municipais para identificar pessoas que podem ter tido contato com as 12 comprovadamente infectadas. Elas terão prioridade no recebimento da vacina Jynneos, de duas doses, que é licenciada no país para prevenir a varíola e, especificamente, a dos macacos.

“Essas são pessoas que tiveram contatos com um paciente conhecido de varíola, profissionais de saúde, contatos pessoais muito próximos e aqueles em particular que podem estar em alto risco de doença grave”, disse a vice-diretora da  Divisão de Patógenos e Patologia de Alta Consequência do CDC, Jennifer McQuiston. “No momento, esperamos maximizar a distribuição da vacina para aqueles que sabemos que se beneficiariam dela”, apontou.  

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Segundo a agência norte-americana, a varíola dos macacos apresenta sintomas semelhantes aos da já erradicada varíola humana, como febre, dor de cabeça, dor muscular, dor nas costas, calafrios e fadiga, ainda que de forma mais leve.

Geralmente, esses sinais são acompanhados de inflamação nos gânglios e de erupções cutâneas, que se distribuem a partir da face para outras partes do corpo, principalmente, mãos e pés.

Embora não se tenha ainda total clareza sobre as formas de contágio, especialistas consideram a possibilidade de uma delas ser a transmissão via contato sexual. “O que parece estar acontecendo agora é que o vírus entrou na população como uma forma sexual, como uma forma genital, e está se espalhando assim como as infecções sexualmente transmissíveis, o que amplificou sua transmissão em todo o mundo”, disse David Heymann, epidemiologista de doenças infecciosas da OMS. 

Fonte: Agência EFE

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