Durante uma entrevista e, paralelamente, em seu próprio perfil no Twitter, o CEO da SpaceX, Elon Musk, confirmou que pretende usar a nave orbital Starship para entregar a próxima geração de satélites da plataforma de internet Starlink.

Atualmente, os satélites da plataforma são entregues à órbita da Terra por meio dos foguetes Falcon 9 mas, segundo Musk, a próxima geração deles será mais robusta e pesada, inviabilizando esse método.

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Normalmente, o Falcon 9 (e seu primo mais “fortinho”, o Falcon Heavy) alçam entre 50 e 60 satélites por viagem ao espaço. Esse volume, no entanto, é impossível para a chamada “Starship 2”, a próxima geração do produto. Para isso, seria necessária uma nave mais forte, com maior capacidade de carga – aí entra a Starship.

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Conforme o tuíte acima, a ideia de Musk é simples, mas nem por isso pouco ambiciosa: a nave Starship (atualmente, testando o seu protótipo SN24 enquanto aguarda a aprovação ambiental da autoridade aeroespacial dos EUA) foi projetada para conduzir missões de transporte interplanetário – de cargas e de pessoas. Essa “carga” pode muito bem ser um conjunto de satélites.

Mas não acredite apenas na nossa palavra: segundo uma apresentação dada pelo próprio Musk a funcionários da SpaceX na última semana, já sabemos até como isso será feito – uma pequena saída localizada próxima ao topo da Starship seria acionada, liberando os satélites no espaço quando a nave passasse pela posição desejada.

Imagine ver a Starship agindo como um dispenser de satélites: esse é um futuro que Elon Musk já vem cogitando para sua nave de classe orbital
Imagine ver a Starship agindo como um dispenser de satélites: esse é um futuro que Elon Musk já vem cogitando para sua nave de classe orbital (Imagem: SpaceX/Reprodução)

Em termos práticos: um dispenser parecido com aqueles que despejam álcool-gel, só que em proporções orbitais e com custo de alguns milhões de dólares.

Claro, nada disso pode sair do campo da teoria por enquanto: a já mencionada aprovação ambiental da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) é um passo obrigatório para que a Starship possa fazer sua estreia e, sem ela, Musk pode construir e testar quantos protótipos quiser, mas a nave não sairá do chão.

E infelizmente para a SpaceX, essa avaliação já foi adiada mais vezes do que nós nos importamos de contar (foram cinco): a última notícia sobre o assunto, aliás, foi um novo adiamento, agora jogando o prazo final para 13 de junho – a próxima segunda-feira.

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