No começo deste mês, três taikonautas foram lançados à estação espacial da China pela missão Shenzhou-14, a bordo de um foguete Long March 2-F. Entre as funções a serem executadas por eles durante os próximos seis meses está a condução de 24 experimentos médicos em órbita.
De acordo com uma nota emitida pela Agência Espacial Tripulada da China (CMSA) nesta quinta-feira (16), esses experimentos médicos espaciais foram projetados principalmente para estudar como o ambiente sem peso e os voos espaciais afetam os taikonautas.
A tripulação deverá coletar fluidos corporais, como sangue, urina e saliva, para efeito de comparação com dados obtidos nas missões anteriores. Eles também usarão métodos ópticos não invasivos para medir a perda muscular e analisar metabólitos de urina.
Segundo Li Yinghui, vice-designer-chefe do sistema de astronautas do programa espacial tripulado da China, os dados coletados pelos taikonautas das missões Shenzhou-12 e Shenzhou-13 estabeleceram uma boa base para pesquisas subsequentes pela tripulação da Shenzhou-14.
Além dos experimentos médicos, Chen Dong, Liu Yang e Cai Xuzhe também trabalharão em estudos para a exploração científica da vida, ecologia e biotecnologia.
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Esta é a terceira tripulação enviada para concluir a construção da estação espacial Tiangong. Eles serão responsáveis por preparar a estação para a chegada de dois novos módulos: Wentian (“Busca pelos Céus”, que será lançado em julho) e Mengtian (“Sonhando com os Céus”, com lançamento previsto para outubro).
Com a inclusão desses novos módulos, a estação espacial chinesa estará completa, alcançando o formato projetado em T, e terá 20% da massa total da Estação Espacial Internacional (ISS). O laboratório orbital da China terá vida útil de 10 anos, que poderá ser estendida por mais cinco anos com upgrades futuros.
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