Desenvolvedora de jogos mobile como Harry Potter: Wizards Unite e o megalomaníaco Pokémon Go, a Niantic Labs anunciou que deve demitir entre 85 e 90 pessoas. A empresa baseada em São Francisco, nos EUA, também cancelou quatro projetos que seriam lançados entre este ano e 2023.

A informação vem de um e-mail enviado aos funcionários da companhia pelo seu CEO, John Hanke, que disse que a Niantic enfrenta “um período de tumulto econômico” e que já vem “reduzindo custos em uma variedade de áreas”. A notícia foi dada em primeira mão pela Bloomberg e reproduzida por toda a imprensa de entretenimento e jogos.

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Falando ao Verge, o vice-presidente de comunicações, Jonny Thaw, confirmou as informações dos cancelamentos, ressaltando que as demissões vêm dos times por trás dos títulos abandonados: “nós recentemente decidimos parar a produção de alguns jogos e reduzir a nossa força de trabalho em cerca de 8%, a fim de nos concentrarmos em nossas prioridades mais essenciais. Nós somos gratos pela contribuição daqueles que estão deixando a Niantic e estamos oferecendo todo o apoio a eles durante essa difícil transição”.

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“Isso significa” – ele continuou – “que nós podemos nos concentrar em nossas prioridades mais importantes, como Pokémon Go e algumas outras seletas experiência e a nossa plataforma Lightship. Este foco aprimorado, bem como o nosso forte modelo de negócios, nos coloca em uma posição de vantagem contra essa ampla incerteza econômica que muitas empresas estão enfrentando, e nos permitirá continuar investindo no futuro da realidade aumentada [AR]”.

“Lightship” é uma plataforma de desenvolvimento de aplicações de entretenimento voltada para o mercado do “metaverso”, trazendo recursos gráficos e APIs para desenvolvedores independentes criarem suas próprias experiências.

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Pelas informações divulgadas, os projetos cancelados foram:

Recentemente, a Niantic anunciou o aplicativo “Campfire”, uma espécie de “Facebook” para jogadores do maior sucesso da desenvolvedora: Pokémon Go.

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Fundada em 2010, a Niantic Labs tornou-se mundialmente conhecida pelo seu foco em jogos mobile que fazem uso da tecnologia de realidade aumentada. A fama veio justamente com o jogo dos “monstrinhos de bolso” de propriedade da Nintendo. A aplicação usa a localização do usuário em tempo real (via GPS) para exibir os pokémons na tela do usuário, permitindo-lhe capturar, treinar e batalhar usando os bichinhos.

Segundo o Statista, Pokémon Go teve imenso sucesso comercial, amealhando faturamento que vai de US$ 588 (R$ 3,13 bilhões) milhões em 2016; até US$ 904 milhões (R$ 4,82 bilhões) em 2021. 

Nenhum outro produto da Niantic Labs teve tanto sucesso: Wizards Unite, lançado em 2019 em parceria com a Warner, não teve tanta penetração de mercado e a empresa acabou desligando seus servidores no começo deste ano. Um jogo baseado na icônica franquia Pikmin, também com a Nintendo, não ganhou muita tração fora do mercado japonês.

Em outro anúncio recente, a Niantic Labs anunciou uma parceria com a NBA para a produção do jogo NBA All-World, no qual “jogadores poderão encontrar, desafiar e competir contra outros fãs de basquete em suas regiões”. A desenvolvedora confirmou que continuará aprimorando a experiência de Pokémon Go.

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