Com raízes nas Forças Armadas de Israel e sede em Tel Aviv, a Cirotta criou um dispositivo de segurança eletrônica que vem acoplado na capa do smartphone, sendo uma nova forma de evitar ataques de hackers ou invasões que tenham como foco o furto de dados. Segundo a empresa, o estojo fornece proteção completa, mas os usuários que optarem pela novidade terão que desembolsar US$ 200. 

Foco nos militares 

A ideia da Cirotta é contribuir com a segurança principalmente de militares, funcionários de segurança, do alto escalão do governo, executivos e também quem necessite de uma blindagem a mais no smartphone.  

“A ideia era do meu pai, mas eu era o executor. Viemos da formação militar, que é um ponto em que pensamos ao olhar para isso através de uma perspectiva política e técnica”, disse Eran Erez, em entrevista ao VentureBeat. 

“Ninguém confia um no outro. Na política, todos estão gravando uns aos outros. E no mundo da tecnologia, percebemos que a inteligência de negócio é um grande diferencial, onde o roubo de informações corporativas é rotina, ou seja, nosso dispositivo agrega valor em vários sentidos”, acrescentou.  

publicidade
cirotta capa anti hacker
Capa de smartphone da Cirotta foi elaborada com foco na segurança dos militares de Israel, mas também estará disponível para usuários comuns. Imagem: Divulgação / Cirotta

Veja como funciona 

A empresa informou que tem seis patentes sobre a tecnologia e pode criar várias configurações para atender às necessidades dos usuários móveis. A capa Cirotta pode bloquear todas as lentes do smartphone, impedindo que hackers usem câmeras para entrarem no sistema do telefone. 

Elas podem impedir gravações indesejadas de áudio ou vídeo, rastreamento desde conversas até chamadas não autorizadas. A empresa diz que também pode impedir hacks do sistema operacional e varredura de dados quando ligado.

Usando algoritmos de segurança especializados para contornar o sistema de filtragem de ruído ativo de um telefone, eles também podem bloquear a ameaça do uso externo do microfone e substituir o sistema de posicionamento global (navegação GPS) para bloquear a descoberta de localização.

A tecnologia também anula conexões Wi-Fi e Bluetooth detectáveis, neutralizando as comunicações de campo próximo (NFC). Essas redes permitem que pessoas próximas a um usuário invadam um telefone.

cirotta equipe
Equipe da Cirotta: empresa de Tel Aviv garante confiabilidade na capa anti invasões e pretende expandir tecnologia para outros países. Imagem: Divulgação / Cirotta

Leia mais:

Diferencial para combater cibercriminosos 

Os cibercriminosos procuram ativamente pontos fracos que possam explorar em smartphones. Isso inclui conexões Wi-Fi, Bluetooth, GPS, microfones e até câmeras. Uma vez conectados a um telefone, os criminosos limpam um dispositivo em busca de informações pessoais, financeiras, registros de identidade privada, contatos etc.

A vantagem de usar o case é que o dispositivo está sempre no telefone, agindo 24h para barrar possíveis invasões. Por enquanto, a capa está disponível somente para iPhone. Já as para Android devem entrar no mercado no início de 2023. 

“Usamos uma capa de telefone porque isso nos dá uma maneira de estar perto de seu telefone sem a necessidade de software. Somos 100% baseados em hardware, pois não há conexão com o telefone. Está 100% embutido no case”, explicou Eran Erez.

Por dentro do case

A vantagem do capa da Cirotta é que ela tem sua própria CPU, bateria e sistema de memória. Além disso, conta com uma porta separada para carregamento, sem vínculo com o smartphone. E o melhor: a bateria dura cerca de 18 horas.

Até o momento, a capa entrará apenas no mercado de Israel, mas a empresa está em busca de parceiros estratégicos, de olho na distribuição na Europa, Ásia e África. 

Via: VentureBeat

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!