Logitech MX Master 3S: o melhor mouse ficou mais silencioso | Review

O mercado de mouses é bastante numeroso, seja pela quantidade grande de fabricantes, ou então pelo leque quase infinito de opções em praticamente qualquer patamar de preço. Enquanto os modelos gamer deixam claro o público, outros fazem isso de forma mais escondida, como é o caso do Logitech MX Master 3S.

Este mouse é uma evolução sutil para o já conhecido MX Master 3, seguindo ainda focado em praticamente qualquer público, mas focando seus esforços para o de editores de vídeo que trabalham em áreas criativas. Ele continua extremamente confortável, tem bateria interna e uma conexão USB-C, scroll magnético e conseguiu agora ficar 90% mais silencioso.

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Existem alguns pontos negativos, mesmo em um mouse considerado como o rei do parquinho. Eu passei as últimas semanas usando este acessório e te conto nos próximos parágrafos se vale a pena comprar o MX Master 3S, ou se é melhor olhar para a concorrência.

Design

Se você já viu o mouse MX Master 3, deve acreditar que o novo modelo é basicamente o anterior. De certa forma sim, pois a Logitech manteve tudo que deu certo na versão mais antiga, para aprimorar pouca coisa na atual. O MX Master 3S continua deixando claro se ele é feito para canhotos ou destros (existe uma versão específica para cada pessoa), além de também seguir com o apoio para o dedão na lateral.

O corpo segue feito em plástico, em um misto com borracha para melhorar o conforto. A mão fica um pouco inclinada para esquerda ou direita, dependendo se o mouse é do modelo para canhoto ou destro e a pegada continua confortável até mesmo para mãos pequenas. Eu, que tenho uma empunhadura mais fechada, ainda consigo clicar com os botões frontais sem dificuldade, mesmo com as pontas dos dedos mais para baixo.

Se você já pensou que leu muito “continua” e “mantém”, não está errado. A única diferença visível e ao tato entre o MX Master 3 e o MX Master 3S está na parte inferior, que sobe até o local do scroll lateral. No novo modelo ela é cinza mais claro, enquanto no anterior ela tende ao preto.

Outra alteração, ainda mais sutil, está na textura do plástico dos botões frontais. Enquanto o MX Master 3S utiliza a mesma sensação ao toque de onde fica a palma da mão, no modelo anterior os botões são aparentemente menos foscos, reproduzindo mais brilho.

A questão é: eu não sinto evolução em nenhum dos lados, pois as alterações são puramente estéticas. Eu acho que a parte inferior mais escura é melhor por deixar o MX Master 3 mais sóbrio, mas ao mesmo tempo prefiro os botões com mesmo acabamento do resto da parte superior do Master 3S.

Hardware e software

No hardware temos as evoluções, praticamente as únicas encontradas no MX Master 3S. A primeira delas está no material de construção da parte interna do mouse, onde ficam apoiados os botões frontais. A mudança não é visível, mas você sente no primeiro clique: o barulho feito pelo mecanismo interno está 90% menor. Sim, você não leu errado: 90% menos ruído.

Comparando com o barulho do clique do MX Master 3 anterior, que já estava dentro do leque de opções para quem procura um mouse menos barulhento, a diferença ainda é enorme. Enquanto neste você escuta cada clicada, no MX Master 3S é necessário colocar o mouse perto do ouvido para escutar alguma coisa. Perfeito para quem quer usar o PC, ou controlar alguma coisa, com alguma pessoa dormindo ao lado.

A roda de rolagem continua em metal e funciona de forma magnética, podendo reconhecer em menos de um segundo se você quer rolar muitas linhas de uma vez só – a Logitech promete até 1 mil linhas de uma planilha do Excel por segundo. Neste momento o MX Master 3S, assim como o modelo anterior, solta a sensação tátil de trava para que ela rode livremente até desacelerar naturalmente – ou por força do seu dedo.

Este mecanismo não está presente no scroll lateral, que permite ir e vir horizontalmente em uma planilha, dentro do explorador de arquivos, ou então na timeline de um editor de vídeos. Mesmo assim, o material deste é o mesmo do superior e o conforto segue ótimo.

Mais dois botões estão logo abaixo do scroll lateral e eles podem ser configurados livremente, na verdade todos os botões são customizáveis – com exceção dos dois da frente, do clique esquerdo e direito. No Mac eu deixo um dos laterais para abrir o Mission Control, enquanto o outro mostra o desktop. No Windows eu configurei um para subir e outro para baixar o volume.

A configuração dos botões acontece dentro do app Logi Options+. Por lá é possível alterar o botão esquerdo para direito e vice versa, configurar a resolução do sensor de movimentos para até 8.000 DPI (o dobro da resolução do MX Master 3), a velocidade dos dois scrolls e do ponteiro, além de ajustar o Flow para mover o cursor entre computadores – envolvendo até sistemas operacionais diferentes.

O MX Master 3S é compatível com qualquer dispositivo que aceite mouse via Bluetooth ou porta USB com o dongle. Eu testei em um iPad, em tablet com Android e até em uma Smart TV. As configurações de recursos do mouse são exclusivas para o PC, seja ele Windows ou Mac, mas a experiência em outros produtos foi tão satisfatória quanto.

Dentro do app é possível até configurar atalhos específicos para os botões, que respondem de forma diferente em programas diferentes. Você consegue dizer que o botão lateral vai fazer uma coisa no Chrome, outra no Word, uma terceira atitude dentro do Edge, ou então do Premiere Pro, Final Cut Pro e até mesmo dentro do Microsoft Teams.

Bateria

A bateria interna do mouse MX Master 3S continua exatamente a mesma do modelo anterior. A promessa da Logitech é de autonomia para 70 dias de uso, o que eu consegui chegar bem perto. É possível acompanhar o montante de carga pelo sistema operacional Windows ou macOS, ou então dentro do app Logi Options+.

A recarga utiliza a porta USB-C e permite que o mouse continue sendo utilizando enquanto recompõe a bateria – entendeu, Sir Jony Ive.

Logitech Master 3S: vale a pena?

E ai, vale a pena? Sim, muito. Eu comecei este review dizendo que é preciso entender se o mouse MX Master 3S é bom contra seus concorrentes, mas a verdade é que não existe outro produto com o mesmo conforto e ótimo acabamento no mercado. Eu falo isso considerando até mesmo lá fora.

Ele continua como o melhor mouse já fabricado, ultrapassando grandes rivais como a Microsoft e a própria Apple – que, convenhamos, não sabe criar bons mouses né. Então o maior concorrente do MX Master 3S é o MX Master 3. Nele você terá literalmente todos os recursos, o mesmo conforto e a mesma autonomia de bateria, mas fará mais barulho no clique do mouse.

Se você puder gastar perto de R$ 750 em um mouse, vá sem medo e leve o MX Master 3S. Se não puder e ainda assim quiser um mouse excelente, veja por quanto encontra o modelo do ano passado. Tirando o DPI mais elevado (que eu sinceramente sequer utilizo) e usa o acessório longe da cama com alguém dormindo, saiba que o MX Master 3 será a melhor escolha para o seu bolso e ele pode ser encontrado por quase 60% do valor do MX Master 3S.

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