Recentemente, a Amazon teve sua reputação manchada por conceder acesso às imagens das campainhas eletrônicas Ring para a polícia norte-americana. O fato foi exposto no início do mês. Agora, foi revelado que o Google segue a mesma linha ao disponibilizar imagens à agentes policiais. 

As informações vieram pelo site norte americano CNET, em que um funcionário não identificado da Nest – empresa subsidiária da Google que responsável por controlar os aparelhos inteligentes – disse que a companhia tenta avisar seus usuários nas situações de perigo que concede as gravações à polícia.  

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De acordo com a Política de Solicitação de Informações do Google, a empresa disse que pode disponibilizar gravações em casos que vidas estejam comprometidas.

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“Se acreditarmos razoavelmente que podemos impedir que alguém morra ou sofra danos físicos graves, podemos fornecer informações a uma agência governamental — por exemplo, no caso de ameaças de bomba, tiroteios em escolas, sequestros, prevenção de suicídio e casos de pessoas desaparecidas. Ainda consideramos essas solicitações à luz das leis aplicáveis ​​e nossas políticas.”

Segundo a legislação norte-americana, as empresas não têm a obrigação de transmitir imagens aos policiais. Mas as gravações podem ser passadas à polícia caso ela considere que se trata de uma situação de emergência. 

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Enquanto Google e Amazon seguem abertas a disponibilizar as imagens aos agentes policiais, empresas de aparelhos eletrônicos domésticos e campainhas eletrônicas como Arlo, Apple, Wyze e Anker se comprometeram a não compartilhar imagens com a polícia americana. 

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Amazon compartilhou gravações pelo menos 11 vezes em 2022. Imagem: BrandonKleinPhoto/Shutterstock

As imagens do Amazon Ring

Em carta divulgada publicamente pelo senador norte-americano Edward Markey, ele diz que a Amazon concedeu acesso a imagens das casas de pelo menos 11 moradores só em 2022 através da campainha eletrônica Ring. O acesso às imagens pela polícia traz à tona os problemas de privacidade dos usuários que têm o produto.

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As informações vieram à tona após a Amazon retirar as agências de policiamento privado do seu Serviço de Segurança Pública de Vizinhos (NPSS, no inglês). Isso levou Markey, senador pelo estado de Massachusetts, a enviar uma carta à empresa questionando o porquê da retirada do policiamento privado e sobre as novas práticas de vigilância utilizadas pela campainha eletrônica. 

Em nota, o vice-presidente de políticas públicas da Amazon, Brian Huseman, disse que os 11 vídeos compartilhados com a polícia neste ano foram casos de provisão emergencial para a segurança de moradores. “Em cada caso, Ring fez uma determinação de boa fé de que havia um perigo iminente de morte ou lesão física grave para uma pessoa que exigisse a divulgação de informações sem demora”, escreveu Huseman.

Via: CNET

Imagem: CC Photo Labs/ Shutterstock

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