Em 2021, o Rumble processou o Google com uma ação antitruste, dizendo que seu site favorecia apenas sua plataforma de vídeo, o YouTube, em resultado de pesquisas.

O Google tentou com que o processo fosse negado e não tivesse andamento, porém um juiz da Califórnia deu o aval para que o serviço de vídeo Rumble possa prosseguir com os estágios iniciais da ação.

A lei antitruste é um conjunto de leis que regulam a conduta e a organização de negócios para promover a concorrência e evitar monopólios. 

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A juíza Haywood Gilliam se recusou a dar andamento na ação, colocando o caso nos trilhos para prosseguir, embora ainda possa ser arquivado antes de chegar a julgamento.

O processo do Rumble mira em acordo do Google com criadores de celulares Android, que geralmente esses celulares já vem com aplicativos da empresa e limitam a pré-instalações de aplicativos que não são do Google ou alterações no sistema operacional, e que os órgãos de fiscalização antitruste podem considerar ilegais. 

A empresa também alega que o Google carrega os principais resultados de pesquisas de vídeos com links do YouTube, deixando os resultados do Rumble escondido, fazendo com que quase ninguém tenha acesso, parecido com as reclamações feitas por provedores de mecanismos de pesquisa “verticais” nas últimas décadas.

“O sucesso do Rumble… foi muito menor do que poderia e deveria ter sido como resultado direto do comportamento anticompetitivo, excludente e monopolista ilegal do Google”, afirma a reclamação da empresa.

Google tablet
Crédito: Pexels

O Rumble faz parte de uma sociedade da web que atendeu a pessoas de direita que alegam ter sido censurados em plataformas maiores como o Google. Esse processo aconteceu no mesmo período em que a rede social alternativa Parler tentou processar a Amazon por motivos antitruste. Mas enquanto essa ação fazia algumas alegações bastante tênues sobre a concorrência, o Rumble apresenta fatos bem conhecidos sobre o sistema do Google. 

“Mecanismos de busca rivais como Microsoft Bing, Yahoo Search e DuckDuckGo retornam resultados semelhantes aos do Google, eles também classificam os vídeos do YouTube à frente dos do Rumble”, diz o Google em sua resposta ao processo de Rumble, além de afirmar que o conteúdo do Rumble é classificado como merece.

“O Google tenta retornar resultados de pesquisa com maior probabilidade de satisfazer os consumidores, independentemente de esses resultados incluam conteúdo encontrado no serviço YouTube do Google”.

O juiz Gilliam diz que os argumentos do Google não foram convincentes o suficiente para justificar a retirada de partes significativas do caso de Rumble. Mas se eles sobrevivem a uma proposta posterior para julgamento sumário ou mandado para julgamento, diz Gilliam, “é uma questão para uma fase posterior do caso”.

Via: The Verge

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