Há duas semanas, o Olhar Digital noticiou que o lançamento da missão SpaceX Crew-5 foi adiado por um mês devido a um problema no lançador do foguete Falcon 9 ocorrido durante o transporte do veículo da Califórnia até o Texas. A decolagem, então, passou para o fim de setembro.
Na ocasião, no entanto, não havia sido revelada as causas do incidente. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (4) via videoconferência da NASA, Benjamin Reed, diretor sênior do programa de voo espacial humano da SpaceX, deu uma explicação: o booster foi danificado em uma colisão. “O estágio de reforço se chocou com uma ponte na rota”.
Como acontece normalmente antes de qualquer lançamento, o booster estava em um trator-reboque movendo-se entre uma fábrica da SpaceX em Hawthorne, na Califórnia, e uma instalação de testes em McGregor, no Texas, quando houve a batida.
“Avaliamos esse problema. Foi uma incursão bastante pequena, mas ainda causou alguns danos”, continuou Reed. “Decidimos substituir a interseção composta e alguns dos outros componentes naquele primeiro estágio”. Ele acrescentou que a SpaceX passou por um “processo muito robusto de análise e testes naquele Falcon 9”.
A missão Crew-5 inclui os astronautas da NASA Nicole Mann e Josh Cassada, o japonês Koichi Wakata e a cosmonauta Anna Kikina, em uma parceria de troca de assentos estabelecida entre a Rússia e os EUA, firmada em contrato assinado no mês passado. Eles ficaram sabendo do ocorrido alguns dias depois, segundo o site Space.com.
“Todos certamente são da mesma opinião de que o hardware precisa ser confiável e precisa ser seguro”, declarou Nicole em outra coletiva separada. “Temos plena confiança de que a NASA, a SpaceX e os parceiros internacionais não vão nos colocar em um foguete ou uma nave espacial que eles sentem que não está pronta para ir”.
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Embora o acordo de troca de assentos entre a NASA e a Roscosmos pareça uma bandeira branca entre as agências, os preparativos para a missão Crew-5, no entanto, estão ocorrendo em meio a mais turbulências na relação entre os dois principais parceiros da ISS.
Após meses de ameaças por parte da agência espacial russa, o novo diretor presidente Yuri Borisov bateu o martelo em julho: eles vão encerrar a participação na ISS “após 2024”, que é o ano em que o acordo atual expira.
Borisov esclareceu mais tarde a declaração, dizendo que a Roscosmos “iniciará o processo de saída” em 2024, enquanto se prepara para construir e operar uma estação espacial russa no final da década. A NASA e os parceiros internacionais enfatizaram na quinta-feira que as discussões estão em curso para negociar a separação nos próximos anos.
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