Depois de Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte e João Pessoa, São Paulo também passou a receber o sinal do 5G. Mas ainda restam muitas dúvidas sobre a quinta geração de internet móvel. Afinal, quais são os celulares compatíveis com a tecnologia no Brasil até agora? Preciso trocar o chip para ter acesso ao 5G? Os celulares 4G terão acesso a conexão 5G? Confira tudo neste especial do Olhar Digital!

Leia mais:

Quais são os celulares compatíveis com 5G SA no Brasil (até agora)

Se seu celular for da Samsung, a chance é maior, já que a empresa tem 14 modelos compatíveis com 5G SA lançados no Brasil.

Outras empresas que apostam no diferencial da nova conectividade são a Motorola, com 6 dispositivos compatíveis com 5G SA no Brasil, e a Xiaomi, com 8 modelos, três deles da marca Poco, dois Redmi e três com a marca própria. Além disso, a Asus tem 4 modelos compatíveis com redes 5G SA já lançados por aqui.

publicidade

Todos os modelos de iPhone 12 e 13 e SE (3ª geração) poderão funcionar com o 5G puro a partir de setembro deste ano. A promessa vem do ministro de Comunicações Fábio Faria, após reunião com a Apple nos Estados Unidos, mas a própria empresa da maçã ainda não comentou a data.

Confira a lista abaixo e veja se o seu smartphone está incluído.

Samsung

  • Z Fold 3 5G e Z Flip 3 5G
  • S21 5G, S21+ 5G e S21 Ultra 5G
  • S22 5G, S22+ 5G e S22 Ultra 5G
  • S21 FE
  • A52s 5G, A73 5G, A53 5G, A33 5G e M53 5G

Motorola

  • Edge 20
  • Edge 30 e Edge 30 Pro 5G
  • Moto G200 5G, Moto G62 e Moto G82

Xiaomi (incluindo Poco e Redmi)

  • Poco M3 Pro 5G, M4 Pro 5G e X4 Pro 5G
  • Redmi Note 10 5G e Note 11 Pro 5G
  • Xiaomi 11 Lite 5G NE, Xiaomi 12 e 12 Lite

Asus

  • ROG Phone 5, ROG Phone 5s e ROG Phone 5s Pro
  • Zenfone 8 e Zenfone 8 Flip

Além das empresas citadas, outras duas também contam com um único modelo cada de dispositivos compatíveis com 5G SA no Brasil.

Nokia / HMD Global

  • Nokia G50

Infinix

Preciso trocar o chip para ter acesso ao 5G?

O Olhar Digital preparou uma lista com os procedimentos de cada operadora na transição para o 5G, a lista de aparelhos habilitados para a nova rede e o mapa de cobertura das companhias.

Mas antes, é importante ressaltar que o sinal 5G que está começando a ser transmitido nas capitais brasileiras é nomeado de 5G SA (standalone), que é considerado um sinal puro por operar na frequência 3,5GHz. Antes disso, as operadoras forneciam um sinal 5G NSA (non-standalone) que era transmitido por antenas 4G em uma frequência menor (2,5GHz).

Leia mais:

Vivo

De acordo com o site da Vivo, os clientes com chips 4G já poderão navegar usando a rede 5G assim que estiverem disponíveis na sua cidade. A operadora avisa que apenas para utilização do 5G SA (standalone) será necessário a troca do chip.

Para acessar a lista de aparelhos 5G que a Vivo disponibiliza. Clique aqui.  Para ver o mapa de cobertura da operadora acesse: www.vivo.com.br/para-voce/por-que-vivo/qualidade/cobertura

Claro

De acordo com a Anatel, atualmente a Claro está em 3.800 cidades brasileiras, parâmetro usado pela empresa na cobertura do 5G.

A operadora também garante que os clientes com chips 4G já podem acessar a rede nomeada pela operadora de 5G+ – uma frequência non-standalone -. Para utilização do novo sinal de 5G SA será necessário a troca de chip pela operadora.

Para acessar a lista completa de aparelhos 5G da Claro. Clique aqui. Para ver o mapa de cobertura da operadora, acesse: www.claro.com.br/mapa-de-cobertura

TIM 

No caso da TIM, a operadora garante que não será necessário a alteração de chip para o 5G SA. Porém, inicialmente o 5G standalone da TIM ficará restrito aos planos pós-pago TIM Black ou TIM Black Família com a contratação de 50 GB de internet adicional.

Para acessar a lista completa de aparelhos 5G da TIM. Clique aqui. Para ver o mapa de cobertura da operadora, acesse: www.tim.com.br/para-voce/cobertura-e-roaming/5g#3907

5g brasil
As próximas cidades a receber o sinal 5G devem ser Goiânia (GO), Curitiba (PR), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ) Imagem: AlexLMX/Shutterstock.

Abaixo, você confere a lista completa de aparelhos 5G homologados pela Anatel:

Apple:

  • iPhone SE
  • iPhone 13
  • iPhone 13 Pro
  • iPhone 13 Pro Max
  • iPhone 13 Mini
  • iPhone 12
  • iPhone 12 Pro
  • iPhone 12 Pro Max
  • iPhone 12 Mini

Motorola:

  • Edge
  • Edge 20
  • Edge 20 Pro
  • Edge 20 Lite
  • Edge 30
  • Edge 30 Pro
  • Moto G50 5G
  • Moto G 5G Plus
  • Moto G71
  • Moto G200
  • Moto G 5G
  • Moto G G100
  • Moto G82
  • Há ainda um aparelho apenas com modelo, sem nome comercial, xt-2223-2

Samsung:

  • Galaxy Note 20 5G
  • Galaxy Note 20 Ultra 5G
  • Galaxy Z Fold 2 5G
  • Galaxy Z Flip 3
  • Galaxy Z Fold 3
  • Galaxy S20 FE 5G
  • Galaxy S21 5G
  • Galaxy S21 Ultra 5G
  • Galaxy S22
  • Galaxy S22 Ultra
  • Galaxy A73 5G
  • Galaxy A23 5G
  • Galaxy A22 5G
  • Galaxy M23
  • Galaxy M52
  • Galaxy M53
  • Galaxy M33
  • Galaxy A13 5G
  • Galaxy S21 FE
  • Galaxy A53
  • Galaxy A52s
  • Galaxy A52
  • Galaxy A33

Celulares 4G terão acesso a conexão 5G?

Em resumo, a resposta é que depende. Alguns celulares que atualmente tem conexão 4G já foram homologados pela Anatel para receber a conexão 5G SA (standalone). No entanto, esse é um recurso que precisa vir de fábrica. Por tanto, se seu aparelho não tem conexão 5G não há nada que possa ser feito para que ele se torne apto a receber a tecnologia e, neste caso, caso queira utilizar o novo modelo de conexão móvel vai ser preciso trocar seu aparelho.

No Olhar Digital, fizemos uma lista com todos os aparelhos homologados pela Anatel para receber o sinal 5G, incluindo o SA e NSA (non-standalone). Você pode conferi-la clicando aqui.

A última lista de aparelhos homologados pela Anatel contava com 67 smartphones. Imagem: Galina Sandalova/iStock

Já não era transmitido o sinal 5G no país? 

Na verdade não, as operadoras que estavam nomeando a conexão de 5G antes do dia 6 de julho – quando Brasília estreou a nova rede móvel no Brasil –  eram conexões que utilizavam o núcleo de 4G nas antenas para o que era chamado de 5G NSA (non-standalone) ou DSS (Dynamic Spectrum Sharing). 

As redes 5G NSA e DSS utilizavam a frequência de 2,3GHz enquanto o 5G puro ou SA, utiliza a frequência exclusiva de 3,5GHz nas transmissões de antenas.  Devido a essa diferença entre frequências das redes, alguns celulares que atualmente usam as redes 4G e 5G NSA/DSS não serão compatíveis com o 5G puro. 

Quais as diferenças o usuário deve perceber?

Como mencionado anteriormente, os núcleo da rede 5G utiliza uma frequência de 3,5GHz para operar o sinal. Esse núcleo exclusivo garante que o 5G puro tenha menos latência – o tempo de resposta entre o dispositivo e a rede que ele está acessando -, menos instabilidade e alta velocidade.

Na prática, o 5G dará a possibilidade de acesso a conexões entre 1 e 10 Gbps — sendo que cada Gigabit/s corresponde a 125 Megabytes/s. O 5G promete latências entre 5ms e 20 ms, que permitirão tempos de resposta mínimos.

Como funciona o 5G?

As redes 5G funcionam via radiofrequência, da mesma forma que as gerações anteriores. Assim, o que muda da tecnologia nova para as antigas é, basicamente, o espectro coberto que, no caso do 5G, é expressivamente maior. Até por isso que será possível uma maior velocidade, com menor latência e maior cobertura.

Por aqui, os planos do 5G englobam, a partir de 2022, o funcionamento da tecnologia de forma híbrida: uma mistura entre 4G e 5G standalone (que não depende da tecnologia 4G).

Para saber como funciona toda a tecnologia a fundo, você pode acessar este material aqui, que o Olhar Digital te explica com detalhes.

Inclusive, chegamos a testar como funciona o 5G em um dos países em que a tecnologia já foi habilitada: na Coreia do Sul. Se quiser saber como foi a experiência, acesse este especial aqui.

Por que o 5G é perigoso? 

Bom, essa é uma pergunta recorrente, porque a tecnologia é muito nova e muitas pessoas possuem receio de que a radiação por ela emitida pode trazer danos à saúde – mas isso é uma inverdade.

De fato, alguns estudos foram conduzidos para averiguar a segurança do 5G quando em contato com humanos e alguns resultados apontaram para um patamar seguro.

Um estudo publicado em março deste ano no periódico Journal of Exposure Science & Environmental Epidemiology, por exemplo, avaliou 107 trabalhos experimentais sobre o assunto, a fim de investigar os possíveis efeitos biológicos adversos.

“Em conclusão, uma revisão de todos os estudos não forneceu evidências comprovadas de que as ondas de rádio de baixo nível, como as usadas pela rede 5G, são perigosas para a saúde humana”, explicou, por meio de comunicado, Ken Karipidis, diretor da Agência Australiana de Proteção à Radiação e Segurança Nuclear (ARPANSA) – uma das organizações que conduziu estudos sobre esse tópico.

Já falamos aqui no Olhar Digital sobre os possíveis danos que o 5G poderia representar à saúde humana. Você pode saber mais detalhes neste especial aqui.

5G
Imagem: jamesteohart/Shutterstock

Por que o 5G é importante?

O Ministro das Telecomunicações, Fábio Faria, em uma de suas muitas declarações sobre o tema, chegou a afirmar que “o 4G revolucionou a vida das pessoas e o 5G vai revolucionar as indústrias”. Em resumo, o 5G irá impactar diferentes setores da economia, como comércio e indústria, além de usuários finais.

Faria já chegou afirmar que acredita que o 5G irá gerar US$ 1,2 trilhão em investimentos diretos e indiretos no país.

Na prática, espera-se que a chegada do 5G traga não apenas melhor conectividade para todos, mas também eficiência produtiva e gere empregos.

Em 2017, um estudo da Qualcomm estimava que o 5G poderia gerar 22 milhões de empregos e produzir até US$ 12,3 trilhões em bens e serviços até 2035.

Uma previsão atualizada divulgada no final de 2020 pela empresa, por meio do estudo IHS Markit 2020 5G Economy Study e cuja finalidade era informar a nova perspectiva considerando também os impactos da pandemia, chegou à conclusão de que espera-se um crescimento de 10,8% no investimento global de 5G e de Pesquisa e Desenvolvimento pelos próximos 15 anos, com vendas globais somando US$ 13,1 trilhões.

Além disso, especificamente para o Brasil, espera-se que o 5G impulsione o campo, que é um dos principais setores econômicos do país. A evolução deve ser grande, visto que hoje, mais de 70% das propriedades rurais em solo nacional ainda não possuem acesso à internet, segundo dados Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE). A ideia é que a chegada do 5G mude esse quadro.

Qual a vantagem da tecnologia 5G?  

Antes de falar sobre alguns usos para o 5G aqui no Brasil, vale a pena dizer quais são as principais vantagens desse novo padrão. Em resumo, são dois os principais pontos: baixíssima latência e alta velocidade.

Na prática, o 5G dará a possibilidade de acesso a conexões entre 1 e 10 Gbps — sendo que cada Gigabit/s corresponde a 125 Megabytes/s. O 5G promete latências entre 5ms e 20 ms, que permitirão tempos de resposta mínimos.

Nesse sentido, quem gosta de jogar online poderá contar com uma conexão sem aqueles típicos “engasgos” que atrapalham a experiência online, por exemplo.

Mas não é somente isso: esses dois atributos também contibuem com o funcionamento mais fluido em outros cenários como telemedicina, óculos de realidade aumentada, comunicações entre carros autônomos, serviços de inteligência artificial e nuvem, entre outros.

Você pode saber mais sobre como a latência interfere diretamente no seu dia a dia, acessando este especial do Olhar Digital sobre isso.

Como são as antenas 5G?

Como dissemos anteriormente, o 5G funciona por meio de radiofrequência, da mesma forma que as gerações anteriores. E da mesma forma funcionam as antenas.

Para que o 5G funcione, no entanto, será necessário adaptar a infraestrutura já existente, além de investir na construção de mais infraestrutura (o que, em termos práticos, significa muito investimento financeiro por parte das empresas que ficarem responsáveis por essa demanda).

Para se ter ideia: em solo nacional, hoje, existem cerca de 100 mil antenas já instaladas. Para que o 5G funcione adequadamente e com qualidade, será necessário quadruplicar esse número.

Mas, o principal desafio das antenas para o 5G hoje é, de fato, as regulamentações já existentes nos municípios brasileiros. Até por isso foi feito o Decreto 10.480/20, que visava regulamentar a Lei das Antenas e abarcar segurança jurídica aos investidores para seguir com normas que possibilitem essas mudanças.

Quais são os países com 5G no mundo?

A Coreia do Sul foi o primeiro país a oficialmente oferecer a tecnologia, em 2019. Desde então, diversos países seguiram com a construção de suas próprias redes, como Alemanha, Austrália, China, Estados Unidos e Japão. 

Ao todo, mundo inteiro já soma 65 países e 1.662 cidades conectados pelo novo padrão de internet móvel. Os dados são deste ano e foram levantamentos pela fornecedora de redes e serviços de telecomunicações Viavi Solutions.

Ainda de acordo com o levantamento da empresa, a China lidera o 5G, com 376 cidades conectadas, seguida pelos Estados Unidos (284 cidades) e Filipinas (95 cidades). A pioneira Coreia do Sul ocupa, hoje, a quarta posição do ranking, com 85 cidades conectadas.

Além dos já citados Alemanha, Austrália, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas e Japão; outros países como Arábia Saudita, Canadá, Chipre, Espanha, Finlândia, Itália, Peru, Reino Unido, Rússia e Uzbequistão completam a lista.

Segundo levantamento da Open Signal, usuários na Austrália, Alemanha, Japão, Arábia Saudita, Reino Unido e Estados Unidos já consomem mais dados em 5G do que em 4G.

Na Coreia do Sul, por exemplo, usuários consumiram uma média de 38,1 GB de dados móveis – enquanto a média nos outros países ficou em 15 GB.

5G e IoT

Uma das principais possibilidades habilitadas pelo 5G – e também uma das mais esperadas – engloba a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), como já dissemos bem no início desse texto.

Nesse sentido, quando habilitada, a quinta geração de conectividade poderá impulsionar diversas áreas da economia brasileira, em especial a indústria, dando potência à chamada Indústria 4.0, e ao agronegócio.

De acordo com o ministro Fábio Faria, espera-se que o 5G traga um avanço de 20% no crescimento do agronegócio brasileiro, em média – só para se ter uma ideia do tamanho da mudança que a implementação dessa nova geração de conectividade por trazer para o Brasil e para o mundo.

Quer um exemplo para entender como essa tecnologia irá operar dentro do agronegócio? Com o uso do 5G será possível monitorar remotamente toda uma plantação por meio de imagens captadas (em alta resolução) por drones, por exemplo.

tecnologia também possibilitará que chips, GPS e outros equipamentos monitorem a saúde de animais e as condições climáticas de lavouras, bem como permitir que tratores funcionem de forma mais autônoma.

Em alguns casos, inclusive, sistemas de irrigação poderão ser acionados em áreas a quilômetros de distância.

5G vs 4G: o que muda para o consumidor?

Basicamente, o 5G deve trazer mais velocidade e melhor conectividade.

A título de comparação: o LTE Advanced Pro, também conhecido como 4.5G, possui uma velocidade pico que chega, em teoria, nos 3 Gb/s, segundo as especificações do 3GPP, organização responsável pelos padrões nas telecomunicações.

Em tese, o 5G aumenta esse limite para 20 Gb/s. Esse total, no entanto, é alcançados somente nas bandas mais altas.

Além disso, também vale mencionar que o 5G foi pensado para dar conta do crescente número de dispositivos que estão cada vez mais conectados. 

Você pode entender com mais detalhes as diferenças entre as gerações da tecnologia neste especial aqui.

Conclusão

Achou esse nosso especial completo? Podemos dizer, no entanto, que tudo isso é apenas o início da tecnologia e ainda há muito por vir.

Acompanhe as novidades aqui no Olhar Digital e no nosso canal do YouTube, para ficar sempre por dentro das mais recentes atualizações sobre o 5G no Brasil e no mundo.