De acordo com um comunicado emitido nesta quarta-feira (17) pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), uma intensa série de explosões em um buraco coronal no Sol pode desencadear uma tempestade geomagnética na Terra nesta quinta-feira (18).

Série de explosões em um buraco coronal no Sol pode desencadear uma tempestade geomagnética na Terra nesta quinta-feira (18). Imagem: NASA/SDO

Buracos coronais são regiões na atmosfera superior do Sol (coroa) onde as linhas magnéticas são interrompidas, criando uma abertura da qual o vento solar pode facilmente escapar.

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Embora seja enquadrado na categoria G3 (uma das mais fracas na escala definida pela NOAA), se o fenômeno previsto se confirmar, auroras impressionantes poderão se formar nas regiões polares como consequência. A tempestade geomagnética resultará de interações entre o forte vento solar soprando de uma fenda na coroa do Sol e o campo magnético da Terra. 

Segundo o comunicado, a tempestade receberá combustível adicional de duas ejeções de massa coronal (CMEs) que eclodiram da nossa estrela no início desta semana e estão atualmente a caminho do planeta.

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Os meteorologistas espaciais ainda estão esperando que as duas CMEs cheguem ao satélite DSCOVR (Observatório Climático do Espaço Profundo, na sigla em inglês) da NOAA, a cerca de 1 milhão de km de distância da Terra em direção ao Sol, para ter uma ideia exata da força e da direção do campo magnético transportado por elas.

Ejeções de massa coronal são rajadas de plasma magnetizado que escapam de manchas solares quando as linhas magnéticas dessas regiões se rompem temporariamente. Na última semana, especialistas em clima espacial observaram várias CMEs em erupção do Sol, mas a maioria delas não foram direcionadas para a Terra.

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Segundo o site Space.com, atualmente, há 10 manchas solares ativas na parte visível do Sol, gerando erupções e CMEs. As duas CMEs que estão atualmente vindo em direção à Terra estouraram de uma mancha solar “complexa”, chamada 3078. Localizada no sudoeste do Sol, essa é a maior e mais ativa região no disco visível do astro na atualidade e consiste em pontos “fortes e magneticamente perturbados”, informou o escritório de meteorologia da NOAA no comunicado.

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Erupções solares são flashes de radiação eletromagnética que viajam à velocidade da luz e podem causar consequências na Terra, como a interrupção das comunicações de rádio. Dependendo da intensidade, podem provocar também apagões de energia e até destruir satélites em órbita, como aconteceu com 40 equipamentos Starlink lançados pela SpaceX em fevereiro deste ano.

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