Este pode não ser o melhor ano para a Nintendo. Em abril a empresa sofreu acusações sobre as leis trabalhistas. E agora, outras acusações sobre problemas relativos ao tratamento que seus funcionários recebem vieram à tona. Segundo a Kotaku, funcionárias terceirizadas contratadas para a equipe de testes relatam anos de abuso moral e má conduta sexual.

Essas acusações incluem a empresa terceirizada, Aston Carter, mas também funcionários da própria Nintendo of America. Os depoimentos foram colhidos por uma reportagem do Kotaku, que ouviu 10 diferentes fontes anônimas.

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De acordo com as queixas, diversos testadores de alto escalão supostamente fizeram avanços sobre as mulheres e comentários indesejados. Além de falas anti-LGBT, diferenças salariais e tentativas de reprimir críticas também faziam parte da cultura do local de trabalho.

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“Havia um homem [funcionário em tempo integral] que estava constantemente fazendo piadas e comentários realmente grosseiros, mas ele era amigo de todos lá. Todo mundo o amava”, relatou uma ex-funcionária. “Eu e outras funcionárias não gostamos do que estava sendo dito. Mas nós não dissemos nada porque se você [disse], você foi chamado de excessivamente sensível.”

Segundo a Kotaku, funcionárias terceirizadas contratadas para a equipe de testes da Nintendo relatam anos de abuso moral e má conduta sexual

Uma ex-colaboradora lésbica sempre deixou claro a todos sua sexualidade enquanto trabalhava na Nintendo. E a mulher relatou um episódio em que um homem mais velho tentou dar em cima dela quando ela começou a trabalhar na empresa em 2012. Quando ela afirmou sua sexualidade, ele disse: “Ah, você é lésbica. Isso é meio triste.”

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Acredita-se que as trabalhadoras estejam sub-representadas na Nintendo como um todo (37%), e particularmente entre os testadores de jogos baseados em contrato (10%).

Esse importuno contra mulheres não se limitava a piadas de mau gosto, e elas nem sempre sentiam que tinham uma maneira segura de relatar incidentes. Uma ex-trabalhadora afirmou que um testador mais experiente a perseguiu entre julho de 2011 e fevereiro de 2012. 

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Ele realizava ligações e mandava mensagens para seu celular que uma testemunha considerou “perturbadoras”. A vítima de perseguição disse ao Kotaku que chorava em sua mesa e tinha ataques de pânico todos os dias. Mas porque o homem era “amigo das pessoas certas”, ela não sentiu que poderia sinalizar a perseguição para sua empresa contratante. Três outras fontes corroboram sobre como o stalker tinha rédea solta para atormentar sua vítima.

“Ele disse literalmente que me faria ser demitida se eu denunciasse”, disse a mulher ao Kotaku.

Ainda é muito cedo para afirmar se essas denúncias serão encaminhadas a alguma demissão ou mudanças de funcionários.

Caso deseje saber mais e ler todos os relatos e comentários das vítimas ao Kotaku, acesse a página do site.

Via: Engadget

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