O som de um buraco negro viralizou bastante nesta semana. No entanto, o registro já havia sido divulgado em maio, como visto no Olhar Digital. Então, o que fez essa história voltar a repercutir? Acontece que, apesar de ter sido divulgado pela primeira vez há meses, um novo tweet feito por uma página da NASA no último domingo (21) fez com que muita gente achasse que se tratava de um registro inédito.

O buraco negro adormecido está no centro do aglomerado de galáxias de Perseu, a mais de 200 milhões de anos-luz da Terra. A gravação foi feita no Observatório de Raios-X Chandra, operado pela NASA.

O áudio, publicado no Twitter, resulta de ondas de pressão emanadas pelo buraco negro. A princípio, elas não podiam ser captadas por ouvidos humanos, então foi necessário editar o som para que pudéssemos ouvir essa “música celestial”.

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“Os astrônomos descobriram que as ondas de pressão enviadas pelo buraco negro causavam ondulações no gás quente do aglomerado, as quais poderiam ser traduzidas em uma nota que os humanos não conseguem ouvir, cerca de 57 oitavas abaixo do dó central”, afirmou a agência em um comunicado. Para torná-la audível, os cientistas tiveram que aumentar a frequência dessa nota em uma escala de quadrilhões (milhões de trilhões).

O áudio refuta a noção errônea, porém comum, de que não há som no espaço. “Esse equívoco se origina do fato de a maior parte do universo ser um vácuo, o que tornaria impossível que as ondas sonoras se propagassem”, disse a NASA em um tweet.

No entanto, um aglomerado de galáxias possui quantidades enormes de gás, de tal modo que essas ondas encontram um meio material onde podem reverberar, gerando sons.

Buraco negro no Twitter

O áudio viralizou na rede social, onde usuários compartilharam interpretações criativas acerca dos sons do buraco negro.

“É engraçado como soa como todo buraco negro em todos os filmes de ficção científica já filmados”, disse o usuário Woodrow Phoenix.

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Outras pessoas enxergaram semelhanças entre os sons do corpo celeste e algumas obras da cultura pop, dentre as quais foram citadas a trilha sonora da franquia de video games ‘Silent Hill’, o estilo musical da cantora islandesa Björk e um trecho da canção ‘Echoes’, da banda inglesa Pink Floyd.

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