A próxima segunda-feira, 29 de agosto, marcará o lançamento da Artemis 1 missão não-tripulada da NASA que levará a espaçonave Orion à orbita da Lua e abrirá o caminho para num futuro próximo ocorrer o primeiro pouso humano no satélite natural desde 1972. E tudo isso só será possível graças ao módulo de propulsão ESM, sigla para European Service Module (Módulo de Serviço Europeu, em português).

O dispositivo ficará acoplado à parte inferior da cápsula Orion e será essencial para sua locomoção no espaço, uma vez que será sua única fonte de propulsão após o desprendimento do lançador SLS, aproximadamente oito minutos após a decolagem.

Medindo 4 metros de altura e pesando 13 toneladas, a peça será como o sistema nervoso central da espaçonave Orion, desempenhando vários papéis além da propulsão, como fornecimento de energia elétrica, controle térmico e interpretação e processamento de comandos por meio de seus computadores. Em futuras missões tripuladas, também servirá para garantir o suporte de vida, oferecendo oxigênio e água aos astronautas.

O ESM ainda será responsável por realizar as manobras orbitais da espaçonave, controlando a sua altitude e orientação espacial. Já em missões futuras, servirá para transportar materiais essenciais à estação Gateway, que orbitará a Lua.

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Visão interna do European Service Module. Crédito: ESA

Europa contribuindo para o sonho Orion

O módulo de propulsão foi desenvolvido pelo pela Agência Espacial Europeia (ESA), marcando sua primeira contribuição tecnológica para futuras missões tripuladas da NASA. Sua construção ficou por conta da empresa Airbus Defence and Space, também europeia, além da participação de dez países do continente.

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A empresa, radicada em Bremen, na Alemanha, faz parte do consórcio Airbus, que já tem experiência na construção de dispositivos espaciais, como comprovado pelo sucesso de seu Veículo Automático de Transferência Europeu, que atendeu os tripulantes da Estação Espacial Internacional entre 2008 e 2015.

O custo do desenvolvimento e construção do ESM atingiu os 650 milhões de euros. Considerando os outros cinco ESMs que constituirão a espaçonave Orion em missões futuras, o valor chegará a 2,1 bilhões de euros, segundo os diretores da ESA.

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