Quando uma estrela massiva chega ao fim de sua vida, ela explode em brilhante explosão de luz, conhecida como supernova. Essas explosões estelares violentas deixam para trás restos coloridos de material.

Um desses remanescentes de supernova, chamado SNR 0519-69.0, são os restos de uma explosão de uma estrela anã branca há várias centenas de anos, de nossa perspectiva na Terra.

Ele está localizado a 160 mil anos-luz da Terra em galáxia anã que orbita a Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães e foi capturado por telescópios da NASA. O artigo foi publicado na Astrophysical Journal.

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Usando dados do Observatório de Raios-X Chandra, o telescópio Hubble e telescópio Spitzer (aposentado em 2020), os pesquisadores foram capazes de determinar aproximadamente há quanto tempo a estrela em SNR 0519-69.0 explodiu e como era seu ambiente cósmico naquela época, de acordo com comunicado do Chandra.

“Esses dados fornecem aos cientistas a chance de ‘rebobinar’ o filme da evolução estelar que aconteceu desde então e descobrir quando começou”, escreveram os membros da equipe do Chandra. A SNR 0519-69.0, classificada como uma supernova Tipo Ia, é o resultado da captura de matéria de uma estrela companheira feita por uma estrela anã branca que atinge massa crítica, ou que se funde com outra anã branca.

Os astrônomos mediram a velocidade do material na onda de choque da explosão comparando imagens do Hubble tiradas em 2010, 2011 e 2020, que sugerem que a luz da explosão atingiu a Terra há cerca de 670 anos, viajando a nove milhões de km/h.

Recriação da supernova SNR 0519-69.0 usando dados telescópicos (Imagem: Raio-X – NASA/CXC/GSFC/B. J. Williams et al.; Óptico – NASA/ESA/STScI)

No entanto, os dados do Chandra e do Spitzer sugerem que o material na onda de choque provavelmente desacelerou depois de colidir com nuvens densas de gás circundante. Se for esse o caso, a explosão inicial teria ocorrido a menos de 670 anos.

Outras observações do Hubble ajudarão a identificar exatamente quando a estrela explodiu, de acordo com o comunicado. Usando os dados dos três telescópios, os astrônomos foram capazes de criar imagem composta da SNR 0519-69.0, que a NASA divulgou na segunda-feira (12).

Os dados do Chandra capturam raios-X da supernova com baixas, medias e altas energias vistas em verde, azul e roxa, respectivamente. Já os dados ópticos do Hubble mostram o perímetro do remanescente em vermelho, juntamente com as estrelas ao redor em branco.

As regiões mais brilhantes nos dados de raios-X representam o material que se move mais lentamente, enquanto as áreas sem emissão de raios-X estão associadas a material de movimento mais rápido, de acordo com o comunicado.

Com informações de Space

Imagem destacada: Raio-X – NASA/CXC/GSFC/B. J. Williams et al.; Óptico – NASA/ESA/STScI

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