A tecnologia de inteligência artificial (IA) em câmeras públicas foi usada para identificar pessoas que postam fotos no Instagram em determinadas localizações. 

O projeto “The Follower” ou “O Seguidor” do artista Belga Dries Depoorter, utilizou as gravações de várias câmeras abertas – geralmente de locais turísticos – em todo o mundo para identificar as pessoas que tiraram fotos naquela área de acordo com publicações no Instagram.

Dries programou um software que identifica pessoas através das imagens de câmeras abertas e compara com fotos no Instagram que foram tiradas naquele local. Em seus testes, o artista coletou imagens das câmeras e programou a IA para escanear as pessoas nas gravações e compará-las com postagens de influenciadores digitais com mais de 100.000 seguidores.

(Video: Reprodução/ DriesDepoorter)

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Para criação do projeto, o artista levou quatro semanas analisando as fotos de diversas localidades para ver se o software estava fazendo a identificação correta das pessoas.

Em entrevista ao Input, Dries conta que a ideia surgiu quando estava entediado assistindo as gravações de câmeras de segurança públicas.

“Um dia, eu estava assistindo a uma câmera e havia uma pessoa tirando fotos por meia hora, realmente profissionalmente. Esse foi o ponto de partida”.  

Em seu Instagram e site, artista apresenta seus projetos relacionados à inteligência artificial, privacidade e vigilância. Outro de seus trabalhos mais recentes foi nomeado “The Flamenish Scroller´s”, e é um software que analisa as imagens de reuniões do governo da Bélgica para identificar parlamentares que ficam mexendo no celular durante as reuniões. Confira abaixo:

O “The Follower” não é exatamente um problema de segurança, ou uma violação da privacidade das pessoas, afinal usa imagens de câmeras públicas com fotos que foram postadas no Instagram delas. Porém, chama a atenção como a tecnologia de IA pode ser útil para identificar pessoas. E assim como a arte, seu trabalho provoca questionamentos sobre aspectos de segurança e privacidade. “Eu não quero colocar uma lição no mundo. Eu só quero mostrar os perigos das novas tecnologias” diz Depoorter.

Com informações de Input e ZME Science