Andrew McCarthy, um norte-americano morador do estado do Arizona, sempre foi apaixonado por astrofotografia, colecionando uma série de registros admiráveis do espaço. É de sua autoria a foto divulgada pelo Olhar Digital em agosto que mostra a cromosfera e a coroa do Sol ao mesmo tempo – um feito considerado inédito.

Em seu trabalho mais recente, ele capturou uma enorme explosão de plasma da superfície do Sol ao longo de várias horas, conforme um vídeo publicado no domingo (25) em suas redes sociais, que você vê abaixo.

“Hoje, o Sol produziu a maior ejeção de massa coronal que já testemunhei”, escreveu McCarthy na legenda da foto resultante do processo, publicada na plataforma Reddit. “Aqui está minha foto composta dele, criada capturando centenas de milhares de imagens ao longo de várias horas usando um telescópio especialmente modificado”.

Como ele disse, o telescópio usado foi modificado para que pudesse registrar o Sol, já que é extremamente perigoso olhar diretamente para o astro, seja a olho nu ou mesmo com um telescópio normal.

publicidade

O que são ejeções de massa coronal do Sol?

Ejeções de massa coronal (CMEs) são enormes enxurradas de plasma arremessadas pelo Sol em áreas ativas de sua superfície chamadas manchas solares, onde os campos magnéticos são especialmente fortes a ponto de arrebentar a coroa.

De acordo com o site News Week, as CmEs podem transportar bilhões de toneladas de plasma coronal, que podem viajar a cerca de 10 milhões de km/h. Se elas estão voltadas para a Terra, podem causar tempestades geomagnéticas significativas no planeta, dependendo da intensidade com que chegam: flutuações da rede elétrica, interrupções nas operações por satélite e mudanças no comportamento dos animais migratórios.

À medida que os elétrons do plasma solar colidem com átomos de oxigênio e nitrogênio na atmosfera da Terra, eles reagem para produzir as espetaculares exibições de luz conhecidas como auroras.

Leia mais:

Cores adicionadas digitalmente

O telescópio modificado usado por McCarthy lhe permitiu captar comprimentos de onda de luz não visíveis ao olho humano, ou seja, comprimentos de onda alfa emitidos por átomos de hidrogênio no Sol. “Esta é uma cor falsa, já que a luz alfa do hidrogênio é um vermelho rosado”, explicou o astrofotógrafo. 

Segundo McCarthy, os comprimentos de onda alfa são capturados através de uma banda tão estreita que a imagem é essencialmente monocromática, de modo que a profundidade de cor é adicionada artificialmente como um meio de melhorar os detalhes e a estética.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!