Não restam dúvidas de que a mobilidade elétrica está em alta no mercado. No Brasil, as vendas de motocicletas a bateria saltaram 900% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo os dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). 

Um segmento que está caindo no gosto dos brasileiros pela praticidade e economia são as scooters elétricas. Pensando nisso, preparamos um conteúdo especial para sanar suas principais dúvidas sobre esse veículo que não emite poluentes e contribui para um trânsito mais sustentável.

Veja também:

O que é uma scooter elétrica?

No visual, uma scooter elétrica pode ser muito parecida com um modelo a gasolina. O que muda é o sistema de propulsão e a presença da bateria recarregável.

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No Brasil, a oferta de modelos não para de crescer. Alguns são equipados com tela LCD, suporte para celular e até GPS. De cara, um destaque é o baixo consumo de energia.

Com uma carga completa, é comum conseguir rodar tranquilamente por dias seguidos sem ligar o veículo na tomada (dependendo da rotina do condutor).

Outra “vertente” popular das scooters elétricas são os patinetes e triciclos a bateria, que costumam funcionar melhor para deslocamentos curtos.

Honda apresenta scooter elétrica com design minimalista que custa menos de R$ 4 mil
Scooter elétrica Honda MS01. Imagem: YouTube/Reprodução

Precisa de habilitação?

É dispensável tirar a habilitação na categoria A para pilotar uma scooter com velocidade máxima abaixo de 50 km/h. No entanto, é exigido outro tipo de documento: a ACC, ou Autorização para Conduzir Ciclomotores.

A ACC é obrigatória para a condução de ciclomotores que se enquadrem nesse limite de velocidade conforme a Lei nº 13.154 de 2015. Para modelos mais potentes, é preciso tirar a carteira A e emplacar o veículo para trafegar em vias públicas.

Para conseguir o documento, o candidato precisa procurar um Centro de Formação de Condutores (CFC) na sua cidade e ter mais que 18 anos. O processo é bem-parecido com a CNH.

Outra dica importante: o condutor deve usar capacete e a scooter deve contar com alguns itens obrigatórios, como: buzina, velocímetro, lanterna traseira, retrovisores de ambos os lados e farol.

Vantagens de ter uma na garagem

Primeiro, o principal — que vale para todos os veículos elétricos —, é a emissão zero de poluentes. A agilidade no trânsito também vale ser mencionada aqui. Uma scooter é compacta e pode contornar o congestionamento, assim como os ciclistas, por exemplo, possibilitando chegar até o seu destino mais rápido, principalmente em grandes centros.

O proprietário também terá benefícios no bolso, já que não terá mais que se preocupar com combustível e nem com a troca de óleo, por exemplo. Dependendo do modelo, as próprias fabricantes oferecem serviços de manutenção.

O uso de motores elétricos nas scooters ainda contribui ainda em outro quesito: menos barulho nas ruas. Agora, vamos ao principal: o preço.

Quanto custa uma scooter elétrica no Brasil?

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que é e as vantagens de ter uma scooter elétrica, vamos ao principal: quanto custa comprar uma no Brasil hoje? Apesar da tecnologia mais avançada, os modelos são relativamente baratos (ou menos caros), ainda mais quando consideramos a relação custo x benefício.

Como teto de gastos, listamos três modelos abaixo que estão disponíveis no mercado nacional e custam até R$ 12 mil (o levantamento considera os preços praticadas até o fim de setembro de 2022).

GWS K1000S (a mais barata): com 1 kW de potência, a primeira da lista não é exatamente sinônimo de desempenho. A fabricante sequer diz qual é a velocidade máxima. Sua bateria também fornece uma autonomia modesta de 45 km e o tempo de recarga completa é de 8 horas. A vantagem, no entanto, está no preço. O modelo é o menos caro do país e sai por R$ 9.900.

GWS K1000C. Imagem: GWS/Divulgação

A dica aqui é guardar um pouco mais e investir R$ 11.900 na K1000C, uma versão com o dobro de potência (2 kW) e 75 km de autonomia.

Shineray SE3: na segunda posição, a SE3 custa R$ 10.990, possui os mesmos 2 kW de força e acelera até 59 km/h. Apesar da autonomia superior de 80 km, sua bateria usa uma tecnologia mais antiga (chumbo-ácido) e o tempo de recarga é ainda mais longo, cerca de 10 horas na tomada.

Imagem: Shineray/Divulgação

Opção para quem quer alugar para trabalho

A startup Mottu anunciou este mês uma opção de scooter elétrica no seu serviço de aluguel de motocicletas. Trata-se da Mottu-e, o modelo estará disponível em breve na plataforma.

Scooter elétrica para aluguel.
Scooter elétrica para aluguel. Imagem: Mottu/Divulgação

Segundo a empresa, a scooter pode atingir 100 km/h e possui autonomia de 120 km (quando equipada com duas baterias a bordo). Um diferencial do veículo é a presença de um sistema que carrega as baterias com a energia gerada nas frenagem e marcha ré.

Seu foco é para uso no trabalho, especialmente para entregas, por isso a presença dos suportes na frente e na parte traseira.

A bateria dura por quanto tempo?

A vida útil da bateria dependerá da maneira como o condutor usa o veículo. O tempo médio para quem faz até duas recargas completas por semana é de 3 a 4 anos antes da bateria começar a perder sua capacidade máxima. Para recargas diárias, esse prazo cai para 1 ano e meio, depois disso é preciso trocar a bateria. É importante levar isso em consideração caso precise rodar muito com o veículo.

Lembrando que isso não quer dizer que a scooter vai parar de funcionar. Com o tempo, a perda de desempenho será mais perceptível, bem como a queda na autonomia.

Novidades para 2023

A fabricante brasileira de motos elétricas Voltz, está preparando pelo menos cinco lançamentos para o primeiro semestre de 2023. A informação foi confirmada recentemente por Renato Villar, fundador e CEO da marca.

A empresa de mobilidade elétrica Watts, do Grupo Multi (Multilaser), também tem metas para o mercado nacional no próximo ano. A empresa está desenvolvendo quatro novos modelos, entre eles a scooter WSC120. Segundo Rodrigo Gomes, fundador da Watts Mobilidade, as concessionárias da marca vão prestar suporte e manutenção aos compradores.

Imagem principal: Scharfsinn/Shutterstock

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