Em tempos de crise econômica e dificuldade de acesso ao crédito para o financiamento de veículos e imóveis, o consórcio tem sido uma modalidade cada vez mais usada para aquisição de bens. Nesse cenário, alguns fraudadores têm usado esse tipo de investimento para aplicar golpes. Essas fraudes têm se tornado tão comuns que até ganharam um nome: golpe de consórcio.

Existem diferentes tipos de golpes de consórcio, sendo que os mais comuns são o da carta de crédito contemplada, o da quitação da dívida após contemplação e de consórcios inexistentes ou ofertados por administradoras que não possuem autorização por parte do Banco Central ou não são membros da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (ABAC).

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Qual o golpe de consórcio mais comum?

O golpe mais comum aplicado em consórcios é a fraude da carta de crédito contemplada. Essa operação é autorizada, porém, exige muita atenção e cuidado. É usual que golpistas comprem anúncios em jornais ou usem o marketplace do Facebook para levar as vítimas a acreditar que vai entrar em um consórcio já sorteado, saindo com a carta em mãos para adquirir seu veículo ou imóvel.

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Em geral, a vítima só descobre que foi enganada depois de receber documentos falsos que comprovariam o sorteio e fazer o pagamento da taxa de transferência. Para evitar esse tipo de golpe, é importante avaliar onde e como os anúncios são feitos, vale ressaltar que a venda de um consórcio contemplado só pode ser realizada apenas se um participante do grupo obteve a carta de crédito e deseja sair.

Outros golpes comuns

Outro golpe de consórcio comum é o chamado “contemplou, ganhou”, em que são oferecidos consórcios em que o participante fica isento de pagar as parcelas após ser contemplado. Ser sorteado não significa a extinção da dívida, portanto, se o anúncio oferecer esse tipo de vantagem, é fraude, e o ideal é não acreditar e procurar outra administradora.

Também existem golpistas que criam empresas de fachada, onde vendem consórcios inexistentes e vendem cotas falsas, fugindo com o dinheiro das vítimas depois de um tempo. O Banco Central disponibiliza uma relação com as administradoras autorizadas a funcionar, caso a proposta venha de uma empresa que não conste no documento, é recomendado evitar fazer negócio.

(Imagem de capa: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock)

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