De acordo com informações divulgadas pelo The Washington Post, anúncios de cerca de 40 marcas e empresas de alta reputação foram avistados em páginas de supremacistas brancos no Twitter. Entre as grandes corporações, estão o Snap, a Uber e a Amazon.
Além das empresas mencionadas, outras marcas também foram vistas nessas páginas do Twitter, como os veículos da mídia USA Today e Morning Brew. Até mesmo o anúncio de uma organização governamental aparecia nas contas, caso do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA.
Leia também:
- Twitter: Elon Musk suspende perfil de Kanye West após publicação com símbolo nazista
- Ex-chefe de segurança do Twitter disse que rede social é menos segura com Elon Musk
- Discurso de ódio: sob direção de Elon Musk, Twitter apresenta aumento de posts racistas, aponta relatório
Os anúncios puderam ser vistos nos perfis de Andrew Anglin, editor do site neonazista The Daily Stormer, e Patrick Casey, líder do grupo nacionalista branco American Identity Movement. Ambos os perfis haviam sido banidos do Twitter no passado, mas retornaram à plataforma após a chegada de Elon Musk.
Isso porque o novo CEO do Twitter questionou os usuários sobre uma “anistia geral” para contas suspensas na rede social. Com a maioria dos seguidores de Musk se mostrando favorável aos retornos, os supremacistas citados voltaram abertamente à plataforma.
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA afirmou ao The Washington Post que vai paralisar seu anúncio pelo Twitter porque “apresentá-lo em canais odiosos do Twitter é inconsistente com nossos valores”. O USA Today afirmou que tentaria entrar em contato com a plataforma “já que isso obviamente não se alinha com nossos valores ou missão”.
Após a publicação da matéria do The Washington Post, os anúncios não apareciam mais nas contas dos supremacistas brancos. Segundo um ex-funcionário do Twitter, as páginas precisam ser sinalizadas para evitar a exibição de publicidade nelas.
A matéria também destaca as tensões desenvolvidas com a moderação de Musk no Twitter. O empresário já declarou várias vezes ser favorável à “liberdade de expressão absoluta” e indicou que, no seu comando, a plataforma teria uma abordagem mais branda em relação à moderação de conteúdo.
Musk desbaniu contas como a de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, e as marcas se opõem aos seus anúncios aparecendo ao lado de conteúdo censurável. Apesar disso, o CEO do Twitter vem procurando tranquilizar os anunciantes.
Por fim, as demissões em massa de Musk causaram uma desconfiança das empresas em relação à segurança do Twitter. Grandes agências de publicidade recomendaram que as marcas parassem de anunciar na rede social após as mudanças. No entanto, a Apple e a Amazon retornaram com suas camapanhas publicitárias na plataforma recentemente.
Informações via The Verge e The Washington Post
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!