Na segunda-feira (18), A organização Galápagos Conservancy, das Ilhas Galápagos, encontrou, após décadas de busca, bebês iguanas rosa.

Seu historial mostra sua peculiaridade única. Além de sua cor interessante, esses répteis – descobertos em 1986 e classificados em 2009 – foram rotulados como estando à beira da extinção. Para piorar, os esforços para mantê-los protegidos têm sido bem difíceis.

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Apesar de décadas de busca, ninguém conseguia descobrir onde eles nidificam. Na verdade, ninguém jamais havia posto os olhos em um bebê; tinha-se apenas a confirmação de 200 a 300 adultos. Mas esses dois elementos – hábitos de nidificação e bebês – são exatamente o que os cientistas precisam saber para evitar sua extinção.

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“Expedições conjuntas da Diretoria do Parque Nacional de Galápagos [GNPD], e da Galápagos Conservancy como parte da ‘Iniciativa Galápagos’ descreveram a primeira área de nidificação da iguana rosa e, nas proximidades, fotografaram os primeiros filhotes de iguana rosa já observados”, disse a organização em comunicado.

Embora estranhamente, esses lagartos ainda não parecem ter sua tonalidade icônica, que surpreendentemente não vem do pigmento rosa, mas sim da falta de pigmento. O corpo de coral que se vê é o tom de sua carne.

Demorou mais de dez meses para a equipe de descoberta, liderada pelos guardas florestais Joganes Ramirez, Jean Pierre Cadena, Mari Yépez e Adrián Cueve, encontrar os filhotes de iguana rosa.

Essas criaturas consegue permanecer imóveis ao lado de um vulcão. E isso aconteceu com o Vulcão do Lobo e teve sua última erupção em janeiro.

A equipe teve que caminhar por suas fendas por dois dias em busca da última população sobrevivente de iguanas cor-de-rosa. Então, quando esses animais foram finalmente localizados, os expedicionários também se certificaram de instalar um monte de câmeras de trilha escondidas ao redor da área para capturar o que estão fazendo.

Iguana rosa adulta (Imagem: Divulgação/Joshua Vela/Galápagos Conservatory)

“De grande preocupação é a predação documentada de jovens iguanas, em que gatos selvagens não nativos estão se reunindo em locais de nidificação de iguanas e matando filhotes em seu momento mais vulnerável”, diz o comunicado à imprensa. “Depois de passar dias cavando seus ninhos subterrâneos, os jovens iguanas surgem e são presas fáceis para os gatos.”

Ele continua sugerindo que esse tipo de predação por gatos impediu o recrutamento juvenil de iguanas cor-de-rosa para a população adulta por mais de uma década – talvez explicando por que os cientistas têm tido tanta dificuldade em rastrear alguns desses adolescentes com tons de pôr-do-sol.

Agora, podemos concentrar os esforços para proteger os locais de nidificação do réptil rosa-cravo-giz de cera. Além disso, a Galápagos Conservancy diz que forneceu financiamento ao GNPD para montar uma estação de campo permanente, com uma visão de 360º do vulcão, para ajudar a prevenir a caça furtiva e o tráfico de vida selvagem.

Via CNET

Imagem destacada: Divulgação/Joshua Vela/Galápagos Conservatory

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