Uma mancha hiperativa no Sol vem disparando sucessivas e violentas explosões há uma semana. Nesta segunda-feira (9), segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), foi registrada uma erupção solar de classe X1.9 (o tipo mais poderoso), que causou um apagão de rádio temporário em partes da América do Sul, América Central e Oceano Pacífico.

De acordo com um comunicado emitido pela entidade, essa arrebentação aconteceu às 15h50 (pelo horário de Brasília) e foi a segunda grande explosão nos últimos quatro dias a partir da mancha solar AR3184, que sofreu uma erupção de classe X1.2 na quinta-feira (5).

Manchas solares são regiões escuras na superfície do Sol por baixo das quais poderosos campos magnéticos, criados pelo fluxo de cargas elétricas, se entrelaçam antes de, repentinamente, estalarem jatos explosivos de material solar carregados de radiação e, algumas vezes, com ejeções de massa coronal (CMEs). 

Primeira semana de 2023 foi agitada para o Astro Rei

Segundo a agência espacial norte-americana compartilhou no perfil NASA Sun & Space, no Twitter, o Sol teve uma primeira semana movimentada este ano. 

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Ainda sem contar a grande explosão de segunda-feira, o astro já contabilizava cinco erupções, 26 CMEs e nenhuma tempestade geomagnética. O vídeo a seguir é do Observatório Dinâmico Solar da NASA, mostrando a atividade do Sol na semana passada.

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O que é uma erupção solar

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número refere-se aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.

No auge dos ciclos solares, o Sol tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de energia.

De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela NOAA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último. 

Essas erupções enviam partículas carregadas de radiação solar à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação. Normalmente, levam alguns dias para chegar à Terra, quando direcionadas para o nosso planeta.

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