Uma múmia coberta de ouro foi encontrada a 15 metros de profundidade em um sarcófago em Saqqara, parque arqueológico localizado a 31 km de distância ao sul do Cairo, capital do Egito

De acordo com o Ministério do Turismo e da Antiguidade do país, o cadáver é de um homem que se chamava Hekashepes e pode ser o exemplar mais antigo e completo de corpos não pertencentes à realeza.

publicidade

Segundo revelado nesta quinta-feira (26), o sarcófago que guardava a múmia não era aberto há 4,3 mil anos. 

Na mesma necrópole, foram encontradas outras três múmias. A maior delas era de Khnumdjedef — um sacerdote, inspetor e supervisor de nobres. Outra trata-se de um homem chamado Meri, um alto funcionário do palácio com o título de “guardião de segredos”, o que lhe permitia realizar rituais religiosos especiais.

publicidade

Por fim, um juiz e escritor chamado Fetek foi sepultado na outra tumba descoberta, onde também foi encontrada uma coleção de estátuas que, segundo o governo egípcio, podem ser as maiores já descobertas na área.

De acordo com o arqueólogo Zahi Hawass, ex-ministro de Antiguidades do Egito, todas as descobertas datam aproximadamente dos séculos 25 a 22 AEC. (Era Comum – EC – e Antes da Era Comum – AEC – são as nomenclaturas atualizadas para os termos Depois de Cristo – d.C. – e Antes de Cristo – a.C.).

publicidade

“Esta descoberta é muito importante pois conecta os reis com as pessoas que viviam ao seu redor”, declarou à BBC Ali Abu Deshish, outro arqueólogo envolvido na escavação.

Leia mais:

publicidade

Considerado Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a necrópole de Saqqara foi um cemitério ativo por mais de três mil anos. Está localizada no que era Mênfis, antiga capital egípcia, e abriga mais de uma dúzia de pirâmides, como a Pirâmide de Djoser (também chamada Pirâmide de Degraus), perto de onde a múmia coberta de ouro foi encontrada.

Segundo o governo egípcio, espera-se que essas descobertas ajudem a reescrever a história local, além de fomentar o turismo, setor que emprega cerca de 2 milhões de pessoas, abrangendo mais de 10% do PIB do país, e que foi significativamente afetado pelas restrições da pandemia de Covid-19.

Espera-se que o Grande Museu Egípcio, previsto para abrir em 2023 após atrasos, atraia 30 milhões de visitantes por ano até 2028. 

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!