O primeiro foguete Terran 1 da Relativity Space decola do Complexo de Lançamento 16 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, em 22 de março de 2023, durante um voo de teste de estreia do veículo de lançamento impresso em 3D.(Crédito da imagem: Relativity Space)
Após alguns adiamentos, a Relativity Space finalmente conseguiu lançar o Terran 1, o primeiro foguete impresso em 3D no mundo na noite da última quarta-feira (7). No entanto, apesar do lançamento bem-sucedido, o modelo não conseguiu atingir a órbita da Terra.
Apesar disso, a startup tem motivos para comemorar, já que dificilmente o primeiro lançamento de uma empresa consegue atingir níveis consideráveis de sucesso. E no caso do Terran 1, ele teve um bom desempenho durante a primeira parte do voo e, inclusive, seus dois estágios se separaram com sucesso.
Os problemas começaram com cerca de três minutos de voo, quando o foguete não conseguiu atingir a órbita. A transmissão do lançamento, ainda assim, considerou o feito histórico, já que um modelo desse tipo nunca havia sido lançado.
“Ninguém jamais tentou lançar um foguete impresso em 3D em órbita e, embora não tenhamos feito todo o caminho hoje, reunimos dados suficientes para mostrar que voar foguetes impressos em 3D é viável”, disse Arwa Tizani Kelly, da Relativity Space. disse durante o webcast de lançamento da empresa na noite de quarta-feira.
“Acabamos de concluir uma etapa importante para provar ao mundo que os foguetes impressos em 3D são estruturalmente viáveis”, acrescentou ela.
De acordo com a empresa, o foguete cujo corpo é 85% impresso 3D, é um dos menores modelos orbitais de toda a indústria espacial. Ele foi projetado para elevar até 1.250 quilos na órbita baixa da Terra, e a empresa está cobrando US$ 12 milhões por voo. Para efeito de comparação, o Falcon 9, da SpaceX, pode colocar mais de 22.000 quilos em órbita, mas custa cerca de US$ 67 milhões por voo.
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As semelhanças com o Falcon 9 estão também na reutilização. Assim como o foguete da SpaceX, o Terran 1 deve ser totalmente reutilizável. No entanto, todo esse discurso deve ser colocado à prova no teste de hoje.
Aliás, a startup optou por não realizar o teste de fogo estático, normalmente o último grande procedimento de teste antes da decolagem, onde os motores são queimados com o veículo preso ao solo. Com isso, as chances de falha durante o lançamento já eram consideráveis.
O Terran 1, se funcionar, será capaz de colocar satélites em órbita e levar outros objetos ao espaço, mas hoje estará completamente vazio. O objetivo final da empresa é chegar em Marte, com o Terran R, de 66 metros, que tem seu primeiro teste marcado para 2024.
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Esta post foi modificado pela última vez em 23 de março de 2023 21:20