Grandes nomes da mídia dos EUA, como Disney, Paramount e Warner, anunciaram demissões, redução de gastos com conteúdo e retirada títulos dos catálogos das suas plataformas de streaming. Medidas de corte de custos vêm após empresas colherem resultados decepcionantes em 2022.

Além dos cortes, as empresas informaram que vão aumentar os preços das assinaturas dos serviços de streaming. Atualmente, alguns dos principais conglomerados de mídia nos EUA revisam suas estratégias de streaming.

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Prejuízos bilionários

Linhas de ações financeiras em tela de monitoramento
Grandes empresas da mídia dos EUA colheram resultados decepcionantes em 2022 (Imagem: Quote Inspector)

Das três empresas citadas no começo desta matéria, a Disney sofreu o pior tombo. Seu prejuízo foi de US$ 4 bilhões (R$ 21,32 bilhões) no consolidado de 2022. Os números são da consultoria Dataxis.

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Já em relação aos prejuízos da Paramount e Warner Bros. Discovery, estes ficaram em torno de US$ 2 bilhões (R$ 10,66 bilhões), segundo o levantamento realizado pela consultoria.

Diante deste cenário (e com as medidas de corte anunciadas), a Disney, por exemplo, planeja economizar US$ 3 bilhões (R$ 16 bilhões) em custos de programação em 2023.

No caso da Warner, a empresa planeja manter o Discovery + separado do HBO Max. Isso mostra a preocupação da empresa de que assinantes do Discovery+ prefeririam desistir da plataforma em vez de assinar uma combinada (portanto, mais cara), segundo a Dataxis.

Próximos passos para o streaming

Pessoa segurando controle remoto em frente TV com catálogo de streaming aberto
Caminho possível para empresas é apostar no empacotamento dos serviços (Imagem: Raw Pixel)

Para Guillaume Perrin, analista sênior da Dataxis, uma solução pode ser o empacotamento dos serviços. Por exemplo, o que a Disney já faz, com o combo: Hulu, ESPN+ e Disney+. Ele também cita o potencial de parcerias com operadoras de banda larga.

O agrupamento entre plataformas de streaming de diferentes ecossistemas pode ser o próximo passo para finalmente consolidar o mercado. Deve ser o caminho lógico a seguir para as grandes empresas de mídia deixarem de ser tão dependentes de assinantes e colocar o poder de volta em suas mãos.

Guillaume Perrin, analista sênior da empresa de consultoria Dataxis

Com informações do Tele.Síntese

Imagem de destaque: Pedro Spadoni / Olhar Digital

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