Não é novidade que o uso excessivo das redes sociais está afetando a saúde mental dos jovens ao redor do mundo, então por quê continuamos voltando – voluntariamente – aos aplicativos que prendem nossa atenção por horas a fio?

Um dos maiores atrativos do TikTok é o algoritmo personalizado, que entrega vídeos potencialmente interessantes para cada usuário e, quanto mais tempo se passa no aplicativo, mais o algoritmo aprende sobre os gostos específicos de cada um deles.

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O TikTok foi feito para ser viciante

O conteúdo do TikTok se baseia em vídeos curtos, e é  justamente isso que prende tanto a atenção do usuário. Quando o algoritmo entrega um vídeo e recebe a indicação de que a experiência foi positiva, por meio de likes ou compartilhamento, a tendência é que o resto do conteúdo que chega até o usuário seja parecido. 

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Pessoa acessando TikTok pelo celular
(Imagem: Reprodução/Plann)

Mesmo quando um vídeo específico não agrada, existe a chance que o próximo seja engraçado, fofo, ou curioso, fazendo com que o usuário se sinta encorajado a assistir outro, e depois outro, e assim por diante. Essa expectativa, de mãos dadas à dopamina liberada pelo cérebro quando o vídeo certo chega na For You Page – a tela principal do TikTok – é um dos elementos que pode levar ao vício. 

Conhecida como um dos hormônios da felicidade, a dopamina é um neurotransmissor que, quando liberado, causa sensações recompensadoras e motivadoras. Por isso, quando você assiste um vídeo que chama sua atenção, é comum ter vontade de assistir vídeos similares, como uma tentativa de provocar a mesma sensação prazerosa repetidas vezes. 

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Além das razões citadas acima, vale ressaltar que o público do TikTok é predominantemente jovem, entre 16 e 24 anos. Dado que a fase da adolescência é marcada pelas mudanças físicas, emocionais e hormonais, a audiência presente nessa faixa etária acaba sendo bastante impressionável e, quanto mais impressionável o usuário, menor a vontade e o autocontrole para sair da plataforma.

Jovens usando o celular.
Jovens usando o celular. Imagem: Shutterstock

Se o uso do TikTok, ou qualquer outra rede social, começa a afetar as tarefas e responsabilidades cotidianas, o ideal é buscar por alternativas que possam ajudar a diminuir o tempo de tela. No entanto, quando este problema tem um impacto negativo na saúde mental do usuário, especialistas recomendam terapia. 

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