Alienware M15 R7: força bruta sem esquentar (muito) a cabeça | Review

A marca Alienware é uma das mais lembradas quando o assunto é notebook gamer, seja pela robustez dos computadores portáteis, ou mesmo pelo poder de fogo que entregam quando comparados com outros modelos. Nós recebemos a versão do final de 2022 do Alienware M15 R7 e ele traz melhorias consideravelmente importantes.

No pacote você recebe um notebook com tela de 15,6 polegadas e atualização marcada em 240 Hz, placa gráfica Nvidia GeForce 3070 Ti, até 64 GB de RAM (testamos com 32 GB) e processador Intel Core i7. Tudo isso promete jogatina tranquila sem fazer os coolers gritarem ou PC decolar.

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Será que funciona? Será que o Alienware M15 R7 cumpre o prometido? Eu passei algumas semanas trabalhando e jogando bastante nele, para te contar minha experiência neste review.

Por fora ele é sóbrio, mas também não é

Se você já conhece e acompanha os produtos da Alienware, saiba que tudo que vem sendo inserido nos últimos anos, está presente aqui. Para quem não conhece, o M15 R7 é um notebook gamer que poderia ter mais luzes e detalhes gritantes, mas não. Ele aposta no lado sóbrio ao ter toda a carcaça em um preto fosco.

Toda parte gamer fica em luzes externas apenas no aro traseiro, onde estão as enormes saídas de ar e a maior parte das conexões. Lá você encontra a entrada de energia, saída HDMI 2.1 com suporte a HDCP 2.3, uma porta USB 3.2 e uma USB-C com versão 3.2 Gen2, DisplayPort 1.4, Power Delivery enviando 15 watts e Thunderbolt 4, além de USB4 – tudo isso no mesmo conector.

Nas laterais ficam mais duas USB 3.2, sendo uma com PowerShare, uma entrada de rede RJ45 de 2,5 Gbit/s e uma saída para fone de ouvido e microfone no mesmo cabo. Eu adorei a quantidade de conexões, mas senti falta de porta USB-C na lateral, onde é mais fácil plugar e desplugar acessórios. Talvez trocando o local dela na traseira para o lado, ou algo parecido.

O teclado vem no padrão ABNT-2 e isso significa a mesma posição de teclas que você usou por tanto tempo na sua vida, incluindo uma dedicada para o “Ç”. Além disso, existe um sistema de retroiluminação independente para cada tecla e isso permite criar animações e o usuário consegue escolher qualquer cor para elas.

Uma parte bacana é a possibilidade de iluminar apenas certas teclas e isso vinculado com um game, alterando o perfil de iluminação automaticamente ao abrir o jogo. Com isso você consegue destacar onde estão os botões específicos. O Alienware M15 R7 só não tem teclado mecânico, o que pra mim está longe de ser um ponto negativo, mas pode ser para você.

Mas que bela tela hein!?

Olhando para a tela, ela tem 15,6 polegadas e dois detalhes que vão desafiar o hardware logo abaixo: resolução Quad HD (2.560 x 1.440 pixels) e atualização batendo em 240 Hz – o que, no game, permite ela mostrar tudo até 240 quadros por segundo. Com isso, o Alienware M15 R7 pode facilmente ser listado como máquina para quem busca jogatina em um competitivo, dentro do eSporte.

No cotidiano, misturando trabalho e diversão com alguns filmes, saiba que a reprodução de cores do painel é bastante satisfatória e permite visualização sem aberração cromática mesmo em ângulos generosos, mas senti a presença das largas bordas no entorno da tela. Nas laterais ela até é fina, mas na parte inferior são mais de dois dedos de espessura.

O sistema de som é apenas bom, sem reforçar os graves. Se por um lado isso pode ser um ponto negativo, por outro todo jogador vai curtir um game com fones de ouvido, até para reduzir a entrada de ruído das ventoinhas, então tá tudo bem. Ao menos nessa versão, o Alienware não dá força apenas para ondas médias, o que é um belo avanço.

Força bruta por dentro do Alienware M15 R7

Por dentro, temos um conjunto respeitoso para rodar qualquer game recente em gráficos fortes se você pensar no Full HD, mas com potência necessária para algo além se o DLSS da Nvidia entrar em ação. Começamos com a presença do Intel Core i7-12700H, que faz parte da 12ª geração e entrega boas melhorias quando comparado com a versão anterior deste notebook.

Para cuidar dos games com mais intensidade, a GeForce 3070 Ti vem de fábrica, com 8 GB só dela e o sistema utiliza o Nvidia Optimus Advanced. Este recurso promete melhorar a troca de gráficos, seja a fraca Intel HD Graphics quando nada de pesado está rodando (como um jogo ou programa) e a autonomia de bateria é importante, ou a própria GPU dedicada em outros momentos de maior demanda.

A unidade de testes que recebemos tem 32 GB de RAM, mas existem configurações menores e maiores. De qualquer forma, a parte interna permite atualização deste componente, com limite de 64 GB. Colocando tudo isso para rodar games, ficamos com resultados assim:

• Counter Strike: Global Ofensive: média de 420 fps;
• Rainbow Six Siege: média de 300 fps;
• GTA V: média de 150 fps;
• Red Dead Redemption 2: média de 110 fps;
• Forza Horizon 5: média de 100 fps;
• Shadow of the Tomb Raider: média de 140 fps.

Em todos os jogos eu testei em monitor externo e a própria tela interna, ambos configurados para Full HD, os ajustes estavam travados no máximo possível e o DLSS não estava ativado em nenhum deles. Se você adicionar a interpolação por inteligência artificial da Nvidia, recebe ganhos de 10 até 20 fps em muitos dos games – na opção qualidade, onde o trabalho dele é menor.

Testei então alguns títulos na resolução nativa da tela interna, com God of War marcando média de 66 fps, Red Dead Redemption 2 com 60 quadros por segundo e Spider-Man Remastered marcou 65 fps. Em todos, as ventoinhas fizeram bastante barulho, principalmente no modo turbo do Command Center.

Ao menos elas garantiram temperaturas menores e isso significa mais tempo do jogo em desempenho superior. Só fique registrado que jogar, assim e sem fone de ouvido, não é bacana. Coloque o headset logo de cara.

Para alimentar todo esse poder de fogo, a Dell colocou um carregador de 240 watts no Alienware M15 R7. Ele é enorme e não foi capaz de subir muito a quantidade de energia da bateria quando eu jogava por mais tempo. A gente sabe que notebook gamer consome muito da tomada, então seria legal ter um adaptador com mais watts.

No uso normal, de trabalho, vídeos, redes sociais e nenhum jogo, eu consegui cerca de cinco horas de autonomia com uma carga. Número baixo quando comparado aos concorrentes fora do mundo gamer, mas dentro do esperado para este segmento. Eu acreditava que teria mais, pois o Alienware M15 R7 vem com bateria de 86 Wh, o que está longe de ser pouca energia e ainda promete economia com o Nvidia Optimus Advanced.

Fechando a parte de hardware e voltando para o que pode ser atualizado, saiba que você também consegue aumentar a memória interna, pois existe uma entrada M.2 livre para uso.

Alienware M15 R7: vale a pena?

Olhando esta versão, é clara a evolução dele quando colocada a geração anterior ao lado. A refrigeração está mais eficiente e o desempenho subiu, como esperado pela atualização de processador e placa gráfica, mas eu senti que a bateria não recebeu nenhuma melhoria.

O Alienware M15 R7 está longe de ser barato, mas no mercado ele está bem posicionado. As concorrentes estão com valores superiores, mas com GeForce RTX 3060 e não a 3070 Ti. Trocar a placa gráfica assim faz toda diferença no mundo e fará este modelo testado durar mais nas mãos do usuário.

Então, levando tudo isso em conta, saiba que o Alienware M15 R7 é um notebook fortíssimo e que vai entregar o que promete. A bateria com pouca autonomia chega a ser um problema apenas para quem não usa o notebook na tomada, o que não envolve jogo algum. Então, se você pensa em apenas ter games instalados e não vai editar um vídeo ou trabalhar, este PC sempre estará na tomada e a bateria servirá como um nobreak e mais nada – o que remove o ponto negativo.

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