Prós
  • Resfria muito bem
  • Autonomia de bateria é grande
  • Teclado ABNT-2
  • Bela tela com 165 Hz
Contras
  • Só uma USB-C
  • Sem segundo slot para SSD

Nem só de processador Intel vive o mundo gamer, tendo na AMD a principal (e única) concorrente com força bruta para rodar qualquer jogo do mercado. Recebemos para teste o Dell G15, que tem este chip trabalhando em conjunto com a placa de vídeo GeForce RTX 3060 e 16 GB de RAM, podendo ser configurado com mais ou menos memória volátil.

O processador é um AMD Ryzen 7 6800H e ele promete brigar de perto com o Intel Core i7-12700H, o Dell G15 ainda tem tela capaz de exibir até 165 Hz e garante melhorar a parte térmica ao inserir novo sistema de resfriamento para o calor gerado por tanto componente potente por debaixo do capô.

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Será que ele faz isso tudo? Eu passei algumas semanas jogando bastante e trabalhando somente com este notebook e conto minha experiência nos próximos parágrafos deste review.

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Por fora Dell G15 é mais sóbrio do que gamer

Quando um produto gamer passa pela boca de qualquer pessoa, o primeiro pensamento fica na quantidade de luzes espalhadas por todos os lados, junto de pintura extravagante onde for possível. No Dell G15 a sensação é meio que de 10% disso tudo que você acabou de ler.

Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Ele é um notebook gamer sim, mas prefere apostar suas fichas em um visual mais sóbrio e com pouquíssima luz. A única parte colorida fica na retroiluminação do teclado, com quatro zonas personalizáveis. O restante do acabamento é em um plástico cinza bem escuro e fosco.

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Este foco deixa o notebook apresentável até para quem compra ele para ser um computador muito bem equipado para trabalho, utilizando os recursos da placa gráfica em um editor de vídeos, ou então para ser um PC que durará mais tempo nas mãos do usuário, simplesmente por ser forte demais para rodar o básico.

Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

O teclado é ABNT-2 (tem Ç) e tem destaque para as teclas W, A, S e D, oferece números na direita e o touchpad está só com o tamanho ideal para trabalho. Praticamente todo jogador vai utilizar ao menos um mouse externo para o jogo, então o tamanho da área para o ponteiro nem chega a ser um problema.

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Olhando a tela, esta é uma das partes onde encontramos economias para separar o valor de um Dell G15 de um Alienware, que é a marca puramente gamer da própria Dell. O display do modelo testado tem 15,6 polegadas, com resolução Full HD e atualização em 165 Hz, um incremento para os 120 Hz da geração passada – nos Alienware o número chega em 240 Hz em resolução Quad HD, que é quase um 2K.

Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

As cores são bem representadas, mas o painel WVA limita um pouco o ângulo de visão e isso significa que seu amigo logo ao lado não terá a mesma precisão de cores que você tem, sentado logo na frente do notebook. Isso não chega a ser um ponto negativo, pois qualquer PC portátil é feito para o uso de uma pessoa, diferente da TV da sala onde vários assistem o mesmo conteúdo.

Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Os alto-falantes ficam posicionados para baixo e nas laterais, entregando bom envolvimento sonoro, mas não contam com graves presentes. Ao menos eles não focam somente nos médios, algo comum em notebooks mais simples e que soam como radinhos de pilha do seu avô.

Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Em conexões você encontra duas portas USB-A 3.2 em um dos lados, entrada de rede RJ45 e fone de ouvido do outro. Atrás fica mais uma USB-A, mas agora com envio de mais energia, uma USB-C, HDMI 2.1 e entrada de energia.

Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Bem que uma USB-C poderia estar na lateral, né?

Por fim, a atualização de componentes não é tão complicada no Dell G15 que testamos. Alguns dos parafusos são fixos na tampa inferior e isso significa duas coisas: é mais difícil perder um deles e ao soltar, ele mesmo já começa a auxiliar a remoção da proteção. Lá você troca RAM e SSD.

O problema é que, por algum motivo muito negativo para o usuário, a Dell removeu o segundo slot M.2. A situação é tão maluca que o corte na placa e os apoios para ele ainda estão lá, servindo para nada no G15. Resumindo: você só troca o SSD e fica impedido de adicionar um segundo drive.

Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

AMD Ryzen é forte e sabe ser econômico

Por dentro você encontra um processador AMD Ryzen 7 6800H, dois módulos de 8 GB de RAM DDR5 (total de 16 GB, podendo ser expandido para até 64 GB) e SSD M.2 NVMe de 512 GB. O hardware pode receber clock maior ao pressionar a tecla G, que também reforça a energia enviada para as ventoinhas para que cuidem do esforço extra – a diferença é muito pequena para o barulho extra que faz.

Outro ponto interessante deste hardware está na GPU GeForce RTX 3060 com 6 GB de GDDR6 e que traz o recente Nvidia Optimus, prometendo melhorar a troca da placa gráfica integrada pela dedicada em momentos de mais estresse, como em games ou programas pesados. Ela também inverte o caminho quando autonomia de bateria é mais importante.

Em jogos, rodei alguns games em resolução nativa da tela do Dell G15 e também em um monitor externo, mantendo os mesmos 1.920 x 1.080 pixels. Os resultados ficaram assim:

  • Rainbow Six Siege: média de 280 fps;
  • Forza Horizon 5: média de 75 fps;
  • Horizon Zero Dawn: média de 90 fps;
  • Red Dead Redemption 2: média de 70 fps;
  • Spider-Man Remastered: média de 75 fps;
  • Cyberpunk 2077: média de 40 fps (DLSS em qualidade);
  • Assassin´s Creed Valhalla: média de 75 fps;
  • Counter Strike: Global Ofensive: média de 270 fps.

Em todos os testes as configurações estavam voltadas para o máximo possível, com todos os gráficos ativados e sem nenhuma interpolação por inteligência artificial, feita pela tecnologia DLSS da Nvidia. A única exceção foi em Cyberpunk 2077, que precisou do recurso para superar os 30 fps.

Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Durante os jogos, não foi raro ver o AMD Ryzen 7 6800H ultrapassar 105 ºC e a placa de vídeo alcançar 80 ºC, mas as ventoinhas deram conta do recado e me surpreenderam pela eficiência. Claro que neste momento você precisa jogar com fones de ouvido, mas ao menos o notebook demora muito, muito mesmo para apresentar qualquer queda de desempenho por conta do calor que encontra dificuldade para ser removido.

Para além dos games, o Dell G15 com chip AMD vem com o que você espera de um notebook gamer da empresa: Windows 11 instalado de fábrica, parceria para antivírus com a McAfee e softwares próprios como um bom gerenciador de drivers, além de ser compatível com o Alienware Command Center.

Ele é o mesmo software presente nos Alienware e com ele você consegue controlar alguns aspectos do hardware, como velocidade das ventoinhas e a personalização de iluminação para o teclado.

Neste momento, quando o desempenho bruto não é uma necessidade e você precisa de bateria para trabalhar ou assistir um vídeo, eu fiquei surpreso. Geralmente os notebooks gamer entregam cerca de cinco horas de autonomia, mas o Dell G15 com chip AMD me fez trabalhar por oito horas seguidas, sem reclamar.

Rodando vídeo, alcancei cerca de 7 horas em streaming de tela cheia, vindo direto do YouTube. Com isso o Dell G15 não tem apenas uma bateria como nobreak, mas sim para poder ser utilizado durante as oito horas de trabalho e longe da tomada.

Dell G15 2022 (AMD): vale a pena?

Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dell G15 (2022) com chip AMD (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Sim, bastante. O Dell G15 com chip AMD é uma versão mais econômica quando comparada com seu concorrente interno com Intel Core i7. O problema é que ele não é tão superior ao que foi apresentado na geração anterior, então se você tem ela, é melhor continuar com este PC e esperar outro upgrade.

A tela com atualização alta e boa reprodução de cores é bacana, a maior eficiência na hora de expulsar o calor ajuda bastante durante o jogo, a presença do Nvidia Optimus chama atenção, o teclado ABNT-2 é importante para o brasileiro que vai jogar no próprio notebook, mas existem problemas.

O maior deles é ter o recorte e o espaço dedicado para um SSD extra, mas a Dell removeu o conector. Isso impossibilita qualquer upgrade de memória para além de um módulo. Se para você ter apenas um drive físico é suficiente, então leve em consideração o G15 com chip AMD na sua próxima decisão de compra.

Nossa avaliação
Nota Final
9.0
  • Desempenho
    9.0
  • Tela
    9.0
  • Bateria
    9.0
  • Software
    10.0
  • Conectividade
    8.0
  • Som
    8.0
  • Teclado
    10.0
  • Webcam
    9.0
  • Design
    10.0
  • Trackpad
    8.0

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