A expressão “Bird Strike” vem do inglês e faz menção ao ato de aves se chocarem contra aeronaves durante voos, uma questão reportada rotineiramente na prática da aviação nacional e internacional. A seguir, descubra se pássaros podem derrubar aviões e quais os ricos destas colisões nas aeronaves.

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Pássaros podem derrubar aviões?

ave colide com avião
Colisão de aves em avião em Viracopos/Campinas (Imagem: Reprodução/EPTV)

Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a colisão de pássaros contra aeronaves é uma das ocorrências mais comuns a serem registradas pelos profissionais da aviação. Para se ter ideia, apenas no ano de 2022, cerca de 2.294 casos foram reportados no Brasil, o que indica uma média de uma colisão a cada 4 horas.

Embora o número de casos seja bastante corriqueiro e possa, por exemplo, comprometer o esquema de voo de um avião, é estimado que o impacto de uma colisão de um pássaro na aeronave não é forte o bastante para derrubar o veículo, de acordo com o comandante de aviões especiais, Fernando Crescenti.

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O profissional ainda informa que o procedimento padrão, após o choque da ave contra o avião, é arremeter a aeronave para que o piloto verifique se há quaisquer danos. Após a aterrissagem, mais procedimentos podem ser desempenhados, como, inclusive, a limpeza do local onde o pássaro acertou, e a substituição de peças que possam ter sido danificadas durante o acidente. O comandante acrescenta que nestes casos, os passageiros precisam confiar na tripulação, pois os agentes foram treinados para lidar com este e vários outros tipos de situação.

bico de avião é danificado em colisão contra aves
Bico de aeronave foi danificado em colisão contra aves na região de Viracopos/Campinas (Imagem: Reprodução: Cleuton Matos)

No dia 02 de abril deste ano, um avião retornou a Viracopos, em Campinas, após a aeronave ter sido atingida por um pássaro. Embora a colisão tenha danificado o bico do avião, que precisou ser removido, os passageiros foram retirados da aeronave e realocados em novos voos.

De acordo com o Anuário de Risco de Fauna, desenvolvido pelo Cenipa no ano de 2022, alguns dos motivos que contribuem para este tipo de colisão se dá pelo crescimento da população de aves nas regiões urbanas, além do aumento da frota nacional de aviões, e até a popularização de aeronaves mais rápidas e silenciosas. Esta última dificulta a percepção das aves sobre a aproximação dos veículos aéreos, o que contribui diretamente para os acidentes.

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