Pesquisas já estão em andamento e buscam novos meios de prevenir a infecção pelo HIV. A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) é uma dessas formas e, atualmente, consiste em tomar um comprimido diário ou uma injeção, que protegem o organismo contra o possível contato com o vírus. No entanto, uma nova abordagem quer tornar a prevenção ainda mais simples: um implante recarregável que protegeria o paciente por 20 meses.
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Prevenção contra HIV

- A PrEP existe desde 2010 e reduz o risco de uma pessoa ser infectada pelo HIV em até 99%;
- Porém, uma pesquisa quis achar uma maneira mais cômoda de administrar esses antirretrovirais, visando beneficiar aqueles que têm dificuldades em tomar medicamentos diariamente;
- Isso porque, segundo o presidente do Departamento de Nanomedicina do Houston, Alessandro Grattoni, muitos pacientes não tomam as pílulas todos os dias simplesmente por se esquecerem, ou o fazem fora do horário programado;
- A única outra forma de realizar a terapia de prevenção atualmente seria através de injeções, que normalmente têm reação e afastam as pessoas;
- Para ele, uma saída simples seria um implante.
Testes para o implante

- De acordo com Grattoni, o implante solucionaria todos esses problemas e foi testado em quatro macacos machos durante 20 meses;
- Para isso, ele e sua equipe colocam os dispositivos, projetados contra vazamentos e rupturas, logo abaixo da pele;
- Dentro deles, há espaço para o medicamento antirretroviral, administrado lentamente ao longo desses 20 meses;
- Eles obtiveram sucesso e descobriram que os medicamentos se concentraram na corrente sanguínea da maneira planejada;
- Depois, eles realizaram testes retais e vaginais com os macacos com implante e outros que não o tinham – e descobriram que os animais com o dispositivo estavam totalmente protegidos contra o HIV.
Próximos passos na prevenção do HIV
Agora, os próximos passos da pesquisa consistem em determinar se o implante é eficaz nas diferentes vias de infecção pelo HIV e em diferentes pessoas, como usuários de drogas injetáveis.
No entanto, o sucesso em macacos não garante que a descoberta também vale para os humanos. Segundo Grattoni, ele e sua equipe estão se preparando para iniciar essa nova fase dos testes.
Se tudo correr bem, ele estima que os implantes podem estar disponíveis em cinco anos.
Com informações de Medical Xpress
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