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Funcionários do Google protestam contra contrato militar com Israel

Um protesto iniciado por trabalhadores tomou conta da conferência anual Google Cloud Next, em San Francisco (EUA). Os funcionários da big tech estão exigindo que o Google e a Amazon cancelem o contrato de US$ 1,2 bilhão (R$ 5,95 bilhão na conversão direta) relacionado ao Projeto Nimbus — com o governo e os militares israelenses.

Para quem tem pressa:

  • Desde o lançamento do Projeto Nimbus, um grupo de trabalhadores do Google se opôs ao contrato;
  • Esse grupo demonstra preocupação com a possibilidade de que a tecnologia do Google possa ajudar as Forças de Defesa de Israel a vigiar e prejudicar os palestinos;
  • Na manifestação que ocorreu na última terça-feira, cerca de 30 manifestantes — incluindo ex-funcionários do Google e ativistas comunitários locais — acorrentaram-se na Howard Street (localizada no entorno do prédio onde acontece a conferência);
  • De acordo com o Tech Xplore, os manifestantes carregaram uma faixa que dizia: “Projeto Google Nimbus alimenta o apartheid israelense”.

Leia mais:

Os trabalhadores afirmaram que o Projeto Nimbus é um contrato lucrativo que negligência as proteções éticas que os membros da força de trabalho da empresa têm exigido nos últimos anos. A manifestação exemplifica o antagonismo entre os funcionários e o Google sobre como a tecnologia da empresa é usada.

“Estou muito preocupado que o Google não tenha escrúpulos em trabalhar com o governo israelense”, disse Joshua Marxen, engenheiro de software do Google Cloud que ajudou a organizar o protesto. “O Google não nos deu motivos para confiar neles.”

Além disso, parte dos trabalhadores alegaram que a empresa reprimiu a partilha de informações, isolou projetos controversos e impôs punições no ambiente de trabalho para casos de protestos.

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Esta post foi modificado pela última vez em 31 de agosto de 2023 21:37

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Publicado por
Alisson Santos