O desmatamento na Amazônia brasileira atingiu o menor nível em cinco anos. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada foi de 9.001 km² entre agosto de 2022 e julho de 2023. Esse número equivalente ao tamanho do Chipre, país europeu localizado no Mar Mediterrâneo.
Leia mais
- Floresta amazônica está muito próxima do ponto de não retorno, alerta pesquisa
- Degradação da Amazônia pode originar novas pandemias
- Maioria dos incêndios na Amazônia é causada por ação humana
Melhor resultado dos últimos cinco anos
- Quando comparado ao último levantamento do Inpe, houve uma queda de 22,3% do total da área desmatada entre as duas temporadas.
- Na última medição, o desmatamento havia atingido 11.594 km², entre agosto de 2021 e julho de 2022.
- Os números fazem parte do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o mais preciso para medir as taxas anuais.
- Ele é diferente do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que mostra os alertas mensais e que já sinalizava quedas na devastação nos últimos meses.
- As informações são do Phys.org.

Importância da Amazônia
Essa é a primeira vez que o desmatamento chegou a menos de 10 mil quilômetros quadrados desde 2018. A Amazônia é considerada chave na luta contra as mudanças climáticas, com centenas de bilhões de árvores absorvedoras de carbono que ajudam a conter o aquecimento global.
Mas especialistas dizem que ela está cada vez mais frágil e corre o risco de atingir um “ponto de inflexão”, onde grandes porções da mata morrem e se transformam em savana. Isso significa que a floresta não voltaria ao local.
Apesar da redução na área desmatada, ambientalistas pedem que o governo brasileiro intensifique o combate aos crimes ambientais.
Mas conservacionistas pediram ao governo que intensifique a repressão aos crimes ambientais. Também de acordo com o Inpe, foram registrados mais de 22 mil focos de incêndio na Amazônia brasileira em outubro. Esse foi o pior resultado para o mês nos últimos 15 anos. Muitas dessas queimadas são provenientes de ações humanas, o que prejudica ainda mais a preservação do ecossistema em meio a uma seca severa que atinge a região.